O projeto nasceu em Dublin, na Irlanda, mas chegou a Portugal no final do último ano. O Parkio é uma app para smartphone que permite aos utilizadores reservarem estacionamento em diversas cidades, bem como a quem tem oferta de lugares entrar numa bolsa de aluguer, de forma a rentabilizá-los.
Como Start Up, a Parkio é um projeto de jovens empreendedores. Dois portugueses, um italiano e três brasileiros formam a equipa que gere a plataforma em Portugal. Rob Kramer, irlandês e fundador original, destaca que a experiência está a correr muito bem por cá. “Além da Irlanda, estamos ainda na Áustria e na Eslováquia, mas Portugal é o país principal neste momento”, descreve. Na prática, a plataforma reúne uma lista de locais disponíveis de estacionamento, que podem ser reservados previamente, através da app. “Alguém de Lisboa que vá a um jantar de negócios no Porto e sabe que vai necessitar de estacionar perto do restaurante. Procura o local da cidade e são-lhe disponibilizadas as melhores opções. A partir daí, é reservar e quando chegar ter esse lugar à espera”, explica Rui Santos, um dos responsáveis.
O Parkio é uma espécie de “Airbnb do estacionamento”. Só que ao invés de alojamento, o cliente procura lugar para a sua viatura. “Pode ser em parques de estacionamento subterrâneos, na rua, ou, futuramente, até em locais de parquímetro”, adianta Rui Santos.
Mas o projeto, segundo o mesmo responsável, é também altamente atraente para empresas. “Quando se tem uma frota grande, em que os funcionários andam na rua e têm de estacionar várias vezes por dia, pelo sistema tradicional, chega-se ao final do mês e há um monte de faturas para classificar, pagar e tratar”, observa.
Ora, se a empresa tiver acesso à plataforma, todos os estacionamentos são controláveis e sem obrigar ao trabalho extra de processamento de faturas. “Em 500 estacionamentos por mês, há menos 83 horas de laboração, ou seja, são 15 dias de trabalho que se poupam”, explica Rui Santos.
Uma das possibilidades da aplicação é um particular poder alugar a sua própria garagem. “Por exemplo, a pessoa sai de manhã cedo para trabalhar e só volta à noite. Essas horas podem ser inscritas na bolsa de lugares disponíveis, de forma a rentabilizar o espaço”, conclui Rob Kramer.