“A minha mulher disse-me que vamos mudar-nos para Lisboa”
No último dia da Web Summit, Paddy Cosgrave olha para o futuro do evento e pondera a possibilidade de o organizar a partir da capital portuguesa
O fundador da Web Summit anunciou esta quinta-feira, último dia da Web Summit, que se vai mudar, juntamente com a sua família, para a capital portuguesa, depois de assegurar a permanência do evento em Lisboa.
“A minha mulher disse-me ontem à noite que vamos mudar-nos para Lisboa”, disse Paddy Cosgrave, em conferência de imprensa. “Acho que é uma grande oportunidade para passar mais tempo em Lisboa. Já cá passo grande parte do meu tempo”, acrescentou lembrando que como o seu filho tem dois anos ainda há a possibilidade da família se mudar.
Sobre esta edição da Web Summit, Paddy Cosgrave destacou a afluência de mulheres como visitantes: “Tivemos 44% de visitantes que são mulheres”, disse o fundador da cimeira.
Sobre a permanência da Web Summit em Lisboa durante mais 10 anos, Cosgrave mostrou-se muito entusiasmado referindo que o compromisso da câmara de Lisboa de aumentar a FIL é muito importante para tornar o evento ainda maior. “Se tivessem andado na zona da FIL nos últimos dias, veriam que estamos no pico de afluência possível”, disse reforçando que com as obras “em 2020/21 pode vir a ter ainda mais participantes”.
Sobre o futuro, Paddy Cosgrave não avança muito. “Neste momento sinto-me no meio de um jogo de futebol a decorrer e eu estou na linha lateral”, disse o fundador. No entanto, recorda que quando começou o evento em Dublin nunca esperou ter tantos participantes como este ano. Recorde-se que estiveram perto de 70 mil pessoas envolvidas nesta edição da Web Summit.
No entanto, a possibilidade de criar novas cimeiras – como por exemplo a Wine Summit, que dará a conhecer o vinho português ao mundo – é uma das possibilidades para o futuro. Também a criação de um evento de grandes entrevistas está em cima da mesa. “Tim Burners-Lee deu uma conferência de 12 minutos. Mas há tanto dentro da sua mente que é interessante ouvir”, disse.
Jornalistas queixam-se de falta de acesso
A agência Lusa foi uma das empresas de media que apresentou queixas de acesso a Paddy Cosgrave. A jornalista questionou o fundador da cimeira se as restrições para a transmissão de vídeo iriam continuar para o próximo ano.
“Eu não soube das restrições de transmissão”, respondeu Cosgrave. Sobre o jantar final, tendo em conta a polémica à volta do Panteão Nacional, no ano passado, o fundador da Web Summit desconhece a localização do jantar desta edição.