Trump quis “perceber o sucesso de Portugal” no combate à pandemia
Presidente da República teceu ainda comentários à forma como foi celebrado o 1º. de Maio na Alameda, em Lisboa.
Marcelo Rebelo de Sousa falou aos jornalistas após uma visita a uma livraria no Chiado, em Lisboa, onde assumiu que já tinha comprado livros neste primeiro dia de desconfinamento. Sobre as celebrações do 1º. de Maio na Alameda, em Lisboa, o Presidente da República reiterou que “sempre achou” que a data devia ser marcada, uma vez que “não havia uma interrupção da democracia”.
“A minha ideia, confesso, era mais uma ideia simbólica – como no fundo foi no 25 de Abril, onde me bati muito para que fosse um número inferior a 100 pessoas“, declarou.
“Mas as autoridades sanitárias é que decidem e decidiram nesse sentido“, sublinhou, acrescentando que “quem tem poder para decidir, decide. Apenas me limitei a dizer que tinha visto a ideia da celebração como a do 25 de Abril, mais restrita”.
“O decreto de renovação do Estado de Emergência dava poder às autoridades judiciárias para apreciar a matéria e elas apreciaram“, reiterou.
Questionado sobre o 13 de maio, onde só as pessoas necessárias estarão presentes, Marcelo afirmou pensar que “é um bom exemplo” ser “uma cerimónia simbólica”. A “Igreja fez bem em definir isso muito antes. Os católicos, houve alguns que ficaram muito chocados por durante tanto tempo não haver cerimónias litúrgicas… Vamos esperar um pouco, como eu também espero, até ao final de maio”.
O Presidente da República disse ainda que as figuras envolvidas nesta decisão, como o Cardeal D. António Marto e o Reitor do Santuário, fizeram”muito bem” em “defenderem que a Igreja – que defende o direito à vida e à saúde – não podia estar a dar um exemplo que fosse contra” o que são estes valores.
“O que acontecer agora em maio só é visível em número de casos em junho. E quando se chegasse a junho – espero que não aconteça – mas se acontecesse alguma coisa de subida de casos iriam dizer: ‘Isto foi o 13 de maio'”, concluiu Marcelo Rebelo de Sousa.
Telefonema do presidente Donald Trump
Questionado sobre o telefonema que manteve com Donald Trump, o presidente Marcelo disse que também falou hoje “com o presidente irlandês, também me ligou. E sei que o Rei de Marrocos também quer falar comigo. O presidente norte-americano, no fundo, queria cumprimentar Portugal e os portugueses pelo sucesso no combate à pandemia, perceber porque é que estava a correr assim em Portugal – para comparar com a situação“.
Além disso, o presidente dos Estados Unidos queria “testemunhar o seu apreço pela comunidade luso-americana” e, “em tempo oportuno, gostaria de haver uma visita a Portugal que ficou adiada“, disse o chefe de Estado.
[Notícia atualizada às 14h32]