Em causa está uma investigação do DCIAP por fraude na obtenção de subsídios comunitários. Contactado pelo i, Vasconcelos negou que a sua saída da comissão organizadora do congresso do PS estivesse relacionada com a investigação, alegando motivos de saúde
Confrontado pelo i há mais de uma semana sobre se esta investigação seria o motivo para ter abandonado a comissão organizadora do congresso do PS, Vasconcelos negou, dizendo que em causa estão apenas motivos de saúde. Negou também ter sido constituído arguido.
Na terça-feira, porém, a Procuradoria-Geral da República confirmou ao i a investigação, deixando claro que além de João Vasconcelos existem mais arguidos: “Confirma-se a existência de inquérito, a correr termos no DCIAP, relacionado com fraude na obtenção de subsídio. Tem arguidos constituídos.”
O departamento do Ministério Público que investiga a criminalidade económico-financeira mais complexa suspeita da forma como foram investidos dinheiros comunitários numa sociedade detida por Isabel Domingues Santos, mulher de João Vasconcelos.
Segundo a “Sábado” noticiou ontem, tal investimento terá acontecido em 2010 através de uma sociedade-veículo, a Go Big or Go Home, de que João Vasconcelos foi sócio. Francisco Maria Balsemão, filho de Francisco Balsemão, surge neste caso uma vez que era sócio do ex-secretário de Estado neste fundo.
Segundo a mesma revista, no mês passado foram realizadas diversas buscas na área da Grande Lisboa a residências e escritórios. Além da casa de Vasconcelos, em Cascais, terão ainda sido alvo de diligências os escritórios da sociedade Eco Choice e a casa de Francisco Maria Pinto Balsemão.
Ainda que ao i tenha recusado confirmar a sua constituição como arguido, à “Sábado”, Vasconcelos confirmou esta informação.
O antigo secretário de Estado da Indústria esteve há poucos meses envolvido no chamado caso Galpgate – relativo a viagens para assistir a jogos do Euro2016. O episódio levou mesmo à sua saída do executivo de António Costa. Com Ana Petronilho