Presidente dos taxistas defende redução da bandeirada
Florêncio de Almeida, presidente da Antral, defende que o preço da bandeirada dos táxis, atualmente estabelecida em 3,25 euros, deverá ser reduzida. E em entrevista ao JE revela que já há propostas nesse sentido.
O que é que é preciso para melhorar o setor do táxi em Portugal?
Não é oportuno revelar algumas coisas, mas, por exemplo, a bandeirada do táxi tem de baixar. As pessoas, por vezes, não percebem o envolvimento do táxi no seu transporte. Eu, hoje, cobro 3,25 euros para entrar dentro de um táxi, mas as pessoas, por vezes, nem sempre se apercebem que o táxi vai andar dois mil metros sem contar. Enquanto que numa plataforma o cliente entra com dois euros, mas nos primeiros dois quilómetros vai recuperar o dinheiro que o táxi cobra. Ou seja, é a mesma coisa e, praticamente, ninguém utiliza um táxi para percorrer menos de dois mil metros. Ou seja, numa plataforma pago praticamente o mesmo que pago por um táxi para andar dois mil metros.
Mas, o passageiro, ao entrar no táxi, tem logo à vista 3,25 euros, e ele não compreende que aqueles 3,25 euros vão permitir andar dois mil metros sem cobrar mais.
O que defendo é baixar a bandeirada e começar logo a contar. O cliente entrou no táxi, começou a contar.
Baixar a bandeirada para que valor?
Isso é uma negociação com a Direção Geral da Economia, com as associações.
Mas está em curso esse processo?
Já há propostas feitas.
Na sua perspetiva, conhecedor do setor como é – e do país – quando é que acha que será possível isso concretizar-se na prática?
Isso já deveria ter acontecido este ano.
Mas já não vai ser?
É possível que sim. É possível que se concretize ainda este ano. É convicção nossa que pode acontecer ainda este ano.