Discotecas e bares “ainda não estão no calendário”. Ginásios em discussão
António Costa está hoje a dar uma entrevista à TSF.
O primeiro-ministro está, esta segunda-feira, a dar uma entrevista na TSF, depois de ter tomado o pequeno-almoço no tradicional café de Benfica ‘Califa‘.
António Costa começou entrevista a reiterar que “está tudo esclarecido” entre ele e o ministro das Finanças Mário Centeno, sobre a polémica injeção de 850 milhões no Novo Banco, assumindo que “houve uma falha de comunicação interna”.
Apesar de fazer ‘mea culpa’ com uma “afirmação que não correspondeu à realidade” no Parlamento e sobre a qual já pediu desculpa à deputada do Bloco de Esquerda Catarina Martins, o governante garante que “não disse nada de que não tivesse consciência” quanto ao Novo Banco e sublinhou que “há um mau hábito em encontrar terceiras e quartas leituras àquilo que se diz”.
Ainda sobre a polémica transferência para o Novo Banco, e apesar de não confirmar se o ministro nas Finanças apresentou ou não a demissão, sublinhando que não torna públicas as reuniões entre membros do Governo, Costa recordou que Mário Centeno é “o segundo ministro das Finanças desde o 25 de Abril a cumprir uma legislatura completa”, depois de Sousa Franco, que “cumpre todos os dias o seu papel” e que “quando o deixar de fazer bem deixará de fazer parte do Governo, como qualquer um dos outros ministros”.
Segunda fase de desconfinamento
De seguida, Costa falou sobre a segunda fase de desconfinamento, que começou, esta segunda-feira, dia 18 de maio.
O primeiro-ministro começou por frisar que “ainda” estamos a viver “um momento muito difícil” e que “até haver uma vacina, para podermos retomar a nossa vida como a conhecíamos até fevereiro, temos novas regras”.
Apesar de até agora, tudo indica que as medidas de desconfinamto estão a evoluir positivamente, o Chefe do Governo admitiu, durante a entrevista, que não terá problemas em dar um passo atrás no desconfinamento se for necessário e, questionado sobre uma “segunda vaga” da pandemia, lembrou que a retoma das atividades “aumenta necessariamente o risco de contaminação”.
As máscaras e o gel “felizmente já estão massificados”, uma das condições que o primeiro-ministro tinha elencado para que Portugal voltasse às ruas.
Questionado sobre o Orçamento do Estado de 2020, “o maior orçamento” para a Saúde, como sublinhou, Costa admitiu que é necessário reavaliar o reforço num orçamento suplementar, tal como tem acontecido já durante a pandemia com, por exemplo, o aumento do número de camas em unidades de cuidados intensivos.
“Cada partido tem de ter a sua liberdade de organização”
Questionado sobre a realização do Avante!, António Costa começou por elogiar a forma como Portugal tem enfrentado o novo coronavírus, “sem suspender a democracia”, recordando o respeito pelos direitos fundamentais e lembrando que “cada partido tem de ter a sua liberdade de organização desde que cumpra as regras”, mas acabou por salientar que essa pergunta deve ser colocada a PCP. “Sobre o Avante, tem de perguntar ao PCP”, atirou.
Já sobre 1.º de Maio, garante “não ter tido notícia” de que não tenham sido cumpridas as regras.
Discoteca, bares e ginásios
Sobre as discotecas e bares, António Costa revelou que “se for necessário” vamos passar o verão sem este tipo de negócios e relembrou que estes “ainda não estão no calendário” do Executivo. “Não podemos pôr em causa o que conseguimos com enorme dificuldade”, ressalvou, recordando que só hoje é que as famílias podem voltar a visitar familiares nos lares e a deixar as crianças nas creches.
Já quanto aos ginásios, o primeiro-ministro adiantou que estão já em cima da mesa “conversações” com a associação para se encontrarem “normas que possam ser garantidas” para não haver excesso de pessoas nos espaços e para que as normas de higienização nestes espaços sejam cumpridas.
[Notícia em atualização]