Só em maio foram concedidos 667 milhões. A concessão de crédito para compra de carro foi um dos principais impulsionadores deste aumento
Mas se recuarmos a janeiro é possível verificar que foram concedidos 3046 milhões de euros nos primeiros cinco meses do ano, um aumento na ordem dos 18% face a igual período do ano passado.
A concessão de crédito para compra de carro foi um dos principais impulsionadores deste crescimento em maio ao registar um aumento de 15% para 288,8 milhões de euros. Nunca num mês tinha sido concedido tanto crédito para a compra de automóvel. Aliás, este movimento poderá ter sido alimentado pela corrida à compra de automóvel em antecipação do agravamento do Imposto Sobre Veículos (ISV) a partir de setembro.
No crédito pessoal – onde estão incluídos financiamentos para compra de férias e artigos para o lar – o crescimento foi mais acentuado (23% para 286 milhões de euros), embora não tivesse sido atingido um recorde (299 milhões de euros em março).
Também em maio verificou-se um aumento de 3,3% nos empréstimos associados aos cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto que totalizaram perto de 92 milhões de euros. Já os empréstimos para educação, saúde, energias renováveis e locação financeira registaram o maior aumento percentual em termos homólogos. Foi de 39,9%, para um total de 6,5 milhões de euros.
Maior crescimento
Também ontem a Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC) revelou que as suas associadas concederam, em maio, 873 milhões de euros em crédito, mais 10,4% do que no mesmo mês de 2017. Esta subida foi impulsionada, sobretudo, pelo aumento, de 22%, do crédito clássico concedido a particulares, num total de 301 milhões de euros.
“Este crescimento está em linha com o desempenho positivo da economia nacional. De acordo com as mais recentes projeções do Banco de Portugal para evolução do PIB em 2018, tudo indica que 10 anos depois a economia portuguesa voltará aos níveis pré-crise. O regulador estima que o PIB cresça 2,3%. O aumento da taxa de desemprego que desceu para os 7,5%, (segundo dados do Eurostat revelados em maio) indica que os consumidores estão financeiramente mais seguros porque têm emprego e isso permite-lhes ter uma folga”, diz em comunicado.
Segundo a associação, o crédito clássico representa 36,5% do financiamento concedido, atingindo os 319 milhões de euros, apresentando um crescimento de 21,9%, face ao período homólogo de 2017. Quanto ao crédito stock, foi o que apresentou menor crescimento no mês de maio, um incremento de 1,8% comparativamente com maio de 2017. O crédito revolving registou uma subida 11,9% face ao período homólogo.