Quase toda a água da torneira é “controlada e de boa qualidade”, diz associação ZERO
Hoje, dia 1 de outubro, assinala-se o Dia Nacional da Água.
A associação ZERO aproveitou o dia em que se comemora o Dia Nacional da Água para falar sobre a qualidade da água, desde a torneira, aos aquíferos, passando pelos rios e praias.
De acordo com a associação – que cita dados da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) referentes a 2017-, “99 % da água que chega às torneiras dos portugueses é controlada e de boa qualidade”.
No entanto, a ZERO indica que, ainda assim, “subsistem problemas ao nível da eficiência, já que a percentagem de água não faturada – utilização ilegal, as perdas reais por roturas ou por mau uso, bem como as ofertas deste recurso natural a entidades ou a cidadãos sem qualquer registo ou transparência – continua a situar-se teimosamente nos 30% do total captado, estimando-se as perdas reais nos 180 milhões de metros cúbicos anuais”.
Segundo a informação divulgada esta segunda-feira, também se registou uma melhoria em termos de qualidade da água: “mais 36 praias de qualidade excelente, atingindo-se 529 zonas balneares excelentes, 46 boas, oito aceitáveis e cinco más, sendo as restantes novas ou ainda não classificadas”.
Já com “sinal amarelo intermitente”, estão as águas dos rios e albufeiras, com destaque para a qualidade da água do rio Tejo, onde “houve uma inequívoca degradação da qualidade”.
“Apesar dos avanços registados nos últimos anos, os progressos no tratamento das águas residuais urbanas não foram tão significativos quanto seria desejável”, refere a ZERO.
“Um indicador que evidencia esta situação é que, no ano de 2016, de acordo com dados da ERSAR, apenas 58% da água que foi recolhida foi efetivamente tratada em sistemas de tratamento, muito longe dos números que Ministério do Ambiente apresenta publicamente, na ordem dos 83%, chegando a confundir-se acessibilidade física ao serviço com tratamento”, revelam os dados divulgados.
A ZERO denuncia ainda que 38% das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) “estão a funcionar de forma ilegal”, segundo dados de 2016.
Sobre a poluição, a ZERO inica que “muitos dos pontos de água poluídos coincidem com pontos de abastecimento público”.