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Operação Húbris. Antigo porta-voz da PJ Militar detido pela PJ

O dia de ontem ficou marcado pela detenção de Vasco Brazão, antigo porta-voz da PJM, e pela nomeação do novo diretor-geral da PJ Militar

Vasco Brazão, antigo porta-voz da PJ Militar, foi ontem detido. O militar estava em missão na República Centro Africana e aterrou em Lisboa durante a tarde, tendo sido detido pela Polícia Judiciária civil à chegada. O major irá agora ser presente a um juiz de instrução.

Brazão é um dos nove arguidos da Operação Húbris, a cargo da Polícia Judiciária civil, e terá sido este militar que recebeu uma chamada anónima que levaria a PJ Militar a recuperar o material desaparecido, em outubro. Mas o que a investigação levada a cabo pela PJ civil revelou é que o suposto telefonema foi encenado pela cúpula da PJ Militar – o objetivo seria manter a PJ civil fora do caso.

Antes de regressar a Portugal e ser detido, Brazão escreveu no Facebook que estava “arrependido mas de consciência tranquila”. Disse sentir “um misto de sentimentos” e que irá transmitir essa “duplicidade” ao Ministério Público, assegurando querer “esclarecer a verdade dos factos”. “Não sou criminoso nem tão pouco os meus Camaradas de Armas o são. Somos militares. Cumprimos ordens”, garantiu.

Novo diretor-geral nomeado O Ministro da Defesa, José Azeredo Lopes, nomeou ontem para a direção-geral da Polícia Judiciária Militar o Capitão-de-mar-e-guerra Paulo Manuel José Isabel. O novo diretor-geral vem substituir Luís Augusto Vieira, em prisão preventiva no âmbito da Operação Húbris, que investiga o aparecimento do material roubado do Paiol de Tancos em 2017.

Em comunicado enviado às redações sobre a nomeação, a tutela explica que “José Azeredo Lopes solicitou ao Almirante Silva Ribeiro que, depois de ouvidos os chefes de Estado-Maior dos Ramos, apresentasse uma proposta que restabelecesse o normal funcionamento da Polícia Judiciária Militar”.

Na mesma nota lê-se ainda que “o Comandante Paulo Isabel ingressou em 1982 na Escola Naval, onde concluiu a licenciatura em Ciências Militares Navais. Nos últimos anos desempenhou diversas funções na Polícia Marítima. Atualmente, coordenava a área de ensino de comportamento humano e administração de recursos no Instituto Universitário Militar”.

Nova direção-geral motiva demissão Segundo a TSF, a nomeação do novo diretor-geral motivou a demissão do diretor da unidade de investigação criminal da PJ Militar, Marques Alexandre, durante a tarde de ontem.

Em causa está o facto de o novo diretor-geral ter menos anos de carreira militar do que o diretor da unidade de investigação criminal demissionário.

Origem
Jornal i
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