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Já não há trotinetes elétricas no Algarve. Duraram menos de dez meses

Já não há trotinetes elétricas no Algarve. Duraram menos de dez meses

As duas cidades eram as únicas no distrito de Faro que disponibilizavam uma rede de trotinetes partilhadas para aluguer – em Faro, desde fevereiro, e em Portimão, desde julho -, mas as empresas que as exploravam decidiram suspender a operação.

Luís Guerreiro, responsável pela empresa subcontratada para assegurar a operação logística da Voi em Faro, afirmou à Lusa que a retirada das trotinetes se deveu à “não rentabilidade” da operação e à necessidade de “reforçar outros mercados”.

O empresário revelou que o investimento realizado era em regime de aluguer, pelo que “não perdeu nada de mais”, mas lamentou o facto de a cidade “ter perdido” uma opção de mobilidade ligeira, “essencial” numa cidade moderna.

A outra empresa a operar em Faro e Portimão, a alemã Circ, também retirou as suas trotinetes das ruas, mas fonte da empresa contratada para a logística no Algarve esclareceu que estas foram “colocadas em Lisboa”, não havendo informação “se ainda regressam ao Algarve”.

Em resposta escrita à Lusa, a Circ Portugal esclareceu que os equipamentos foram removidos para “manutenção” e por “razões empresariais”, não havendo previsão para sua reposição, mas garantiu, contudo, que brevemente, “voltarão a estar disponíveis” para aluguer.

Nas ruas de Faro, os locais criados pela autarquia para estacionamento das trotinetes – que chegaram a ser 300 na cidade -, estão agora vazios, mas a vereadora com o pelouro da mobilidade no município garantiu à Lusa que não será por muito tempo.

Sophie Matias adiantou ter estabelecido um acordo com a empresa Bolt, estando outro ainda “na calha” e revelou que, relativamente às duas empresas com as quais a Câmara assinara um contrato de entendimento, ambas saíram sem apresentarem uma justificação.

A vereadora considera, no entanto, que a experiência foi “positiva”, já que permitiu recolher dados de mobilidade, nomeadamente, da utilização destas soluções em pequenos trajetos, ao mesmo tempo que colocou a questão na agenda pública.

Sophie Matias realçou que, neste momento, este tipo de mobilidade é “um pouco experimental”, havendo ainda muitos testes nesta área, por isso, quer os operadores quer as cidades, vão experimentando e Faro acabou por ser “um piloto também”.

Situação semelhante aconteceu em Portimão, onde a Circ retirou as 100 trotinetes que tinha disponibilizado em julho, depois de ter terminado em outubro o período experimental acordado com a empresa, disse à Lusa o vice-presidente da autarquia.

“Tratou-se de um período experimental, tendo a empresa retirado as trotinetes no final de outubro, tal como tinha sido acordado entre a Câmara e a empresa”, sublinhou Filipe Vital.

De acordo com o autarca, neste momento não existe nenhuma empresa a operar no aluguer de trotinetes em Portimão, admitindo que, “no futuro, o serviço possa vir a ser disponibilizado na cidade de Portimão através de um concurso público”.

A empresa sueca Voi foi a primeira em Portugal a disponibilizar trotinetes elétricas, em mais do que uma cidade, mas anunciou no final de outubro que iria deixar de operar em Portugal, mobilizando as trotinetes para outras cidades europeias.

Origem
Sapo24
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