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Greve de professores cancela reuniões em mais de 100 escolas

Jornal Noticias

A greve às avaliações convocada pelo novo sindicato de professores, STOP, já cancelou reuniões em mais de 100 escolas, garantiu ao JN, esta quinta-feira à tarde, o dirigente André Pestana.

A adesão à greve “está a crescer”, frisa o professor. Os alunos do 9.º, 11.º e 12.º anos, que vão fazer exames, terminaram ontem as aulas. O calendário da primeira fase de exames arranca a 18 de junho, pelo que até lá os alunos devem ter as suas notas lançadas.

O Sindicato de Todos Os Professores (STOP) vai fazer esta quinta-feira às 18.15 horas, frente à EB 2,3 Dom Domingos Jardo (Agualva, Mira Sintra), um balanço dos primeiros dias do protesto (o pré-aviso está em vigor desde dia 4 até 15 de junho), uma das “100 escolas onde todas as reuniões foram canceladas”, garantiu ao JN André Pestana.

O dirigente acusa direções de escolas de estarem a “intimidar os professores, ameaçando-os com faltas injustificadas” em caso de adesão à greve. André Pestana assegura que na reunião em que participou, esta segunda-feira, no Ministério da Educação, o secretário de Estado da Educação João Costa lhe terá garantido que “todas as faltas serão justificadas como as outras” em situação de greve.

Recorde-se que Fenprof, FNE e outras oito organizações sindicais entregaram pré-avisos de greve diários a partir de 18 e até 29 de junho. A manter-se o braço de ferro entre professores e Governo, novo pré-aviso será entregue para prolongar a greve às avaliações até 15 de julho. Estas organizações optaram por salvaguardar os exames (abrangidos por serviços mínimos) e preferiram que convocar greve para 14 de setembro, arranque do ano letivo e para a primeira semana de outubro para tentarem condicionar o Orçamento do Estado. Estas organizações pediram ainda aos juristas para avaliarem a possibilidade de avançarem com ações contra o Estado por incumprimento da lei do Orçamento do Estado de 2018, de uma resolução aprovada no Parlamento e a declaração de compromisso que previam, defendem as organizações, a contabilização de todo o tempo de serviço congelado (nove anos, quatro meses e dois dias) para efeitos de reposicionamento na carreira.

Esta quarta-feira, durante uma visita ao Conservatório Nacional de Dança e Música, em Lisboa, o primeiro-ministro defendeu que “o país não tem condições ilimitadas para poder fazer tudo e que há muita coisa para descongelar. Há todas as carreiras para descongelar, há obras que tiveram paradas anos, na gaveta, que são necessárias descongelar, há investimentos no Serviço Nacional de Saúde, que são necessários descongelar, há muito para descongelar”, afirmou António Costa.

Origem
JN
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