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Greve da Ryanair cancela pelo menos dez voos em Lisboa e no Porto

Jornal Noticias

Dez voos para esta quarta-feira foram já cancelados nos aeroportos de Lisboa e no Porto devido à greve dos tripulantes de cabine da Ryanair, segundo informação disponível às 7.30 na página da ANA – Aeroportos de Portugal.

Os tripulantes de cabine da transportadora aérea Ryanair cumprem esta quarta e quinta-feira uma greve europeia para exigirem a aplicação da lei nacional.

De acordo com informação disponível na página da ANA, às 7.30 horas estavam cancelados dois voos que deviam partir do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, com destino a Beauvais, Paris (França) e outro para a ilha Terceira, nos Açores.

Estão também cancelados quatro voos com partida prevista do aeroporto Sá Carneiro, no Porto, com destino a Bruxelas (Bélgica) e Marselha, Clermont-Ferrand e Lorient (França).

Estão ainda cancelados quatro voos com chegada prevista ao Porto provenientes de Bruxelas (Bélgica) e Marselha, Clermont-Ferrand e Lorient (França).

Às 7.30 horas não havia mais informação sobre cancelamentos de voos da Ryanar na página da ANA.

A decisão de partir para a greve foi tomada a 5 de julho numa reunião, em Bruxelas, entre vários sindicatos europeus para exigirem que a companhia de baixo custo aplique as leis nacionais laborais e não as do seu país de origem, a Irlanda.

Com a greve, os trabalhadores querem exigir que a transportadora irlandesa aplique a legislação nacional, nomeadamente em termos de gozo da licença de parentalidade, garantia de ordenado mínimo e que retire processos disciplinares por motivo de baixas médicas ou vendas a bordo dos aviões abaixo das metas definidas pela empresa.

A Ryanair tem estado envolvida, em Portugal, numa polémica desde a greve dos tripulantes de cabine de bases portuguesas por ter recorrido a trabalhadores de outras bases para minimizar o impacto da paralisação, que durou três dias, no início de abril.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) tem denunciado, desde o início da paralisação, que a Ryanair substitui ilegalmente grevistas portugueses, recorrendo a trabalhadores de outras bases.

A empresa admitiu ter recorrido a voluntários e a tripulação estrangeira durante a greve.

Por essa razão, a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) tem, “desde a semana passada, vindo a acompanhar esta situação e a desenvolver todos os passos necessários para identificar situações que possam, eventualmente, ferir a legalidade do nosso quadro constitucional do direito à greve”, acrescentou.

No domingo, a ACT anunciou ter desencadeado uma inspeção na Ryanair em Portugal para avaliar as irregularidades apontadas pelo SNPVAC.

Origem
JN
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