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Enfermeiros denunciam: há menos 245 camas nos hospitais

Sindicato dos Enfermeiros acredita que mais camas deverão ser suspensas.

Desde o início do mês e até quarta-feira (18 de julho) foram encerradas 245 camas em hospitais de todo o país. A denúncia é do Sindicato dos Enfermeiros, que acrescenta que mais camas deverão ser suspensas.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, citado em comunicado de imprensa, mostrou-se convencido que “a tendência é o número de denúncias aumentar”, considerando que isso permitirá “conhecer o verdadeiro caos instalado na gestão do Serviço Nacional de Saúde”.

O sindicato acrescenta que “está a ser um sucesso” a greve por tempo indeterminado às horas extraordinárias e que obrigará os hospitais, o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças a contratarem mais enfermeiros.

Contudo, acrescentou o dirigente sindical, as contratações ficarão muito abaixo dos 6.000 enfermeiros em falta identificados pelo sindicato.

Segundo os dados do Sindicato dos Enfermeiros, até 18 de julho, as camas encerradas localizam-se no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (cerca de 15 camas), no Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho (10 camas), no Centro Hospitalar de São João – Porto (20 camas), no Centro Hospitalar de Peniche (15 camas), no IPO Porto (10 camas), no IPO Coimbra (20 camas), no Centro Hospitalar Cova da Beira (10 camas), no Centro Hospitalar de Leiria (cerca de 55 camas), no Centro Hospitalar Médio Tejo – Abrantes (25 camas), no Hospital Fernando Fonseca – Amadora/Sinta (10 camas), no Centro Hospitalar Lisboa Norte – Hospital de Santa Maria (25 camas), no Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (20 camas), no Centro Hospitalar Lisboa Central – Hospital S. José (10 camas).

O encerramento de camas tem sido motivado pela falta de enfermeiros e pela reposição das 35 horas semanais na saúde.

De acordo com o ministro da Saúde, serão contratados este mês cerca de 2.000 profissionais (entre enfermeiros, técnicos e administrativos) para cobrir a passagem às 35 horas. O ministro tem reiterado que o Governo e os hospitais estão a fazer um planeamento “como nunca foi feito”, mas não se compromete com a contratação adicional de profissionais depois do verão e indica que não deverá haver margem financeira para contratar o número desejável de profissionais.

Origem
RR
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