Bárbara: Proteção Civil alerta para inundações e cheias rápidas
Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) avisa que estamos perante uma "transição repentina entre dois quadros meteorológicos extremos". Por um lado, o risco de incêndio que se mantém até chegar, ao longo do dia, a precipitação forte e persistente que poderá causar inundações e cheias rápidas.
Apassagem da depressão Bárbara, que se espera que afete o território nacional a partir da tarde desta segunda-feira, motivaram avisos da Autoridade Nacional de Proteção Civil que levaram à realização de um briefing em que o adjunto nacional, Alexandre Penha, explicou que estamos perante uma “transição repentina entre dois quadros meteorológicos extremos”.
Por um lado, referiu, “estamos a falar ainda da manutenção do risco de incêndio em grande parte do território, enquanto não entrar um quadro de precipitação intensa e persistente que dará início esta tarde”.
Segundo informação do IPMA, “espera-se no território continental a entrada de precipitação forte e persistente, que terá início na zona mais Centro do país, durante o princípio da tarde, e vai-se prolongar durante os próximos dias”, disse o responsável, explicando que a precipitação irá abranger os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre, Santarém durante o período das 12h de hoje, segunda-feira, e as 18 horas. Precipitação que se irá alargar à região Norte do território durante a noite e princípio da madrugada.
De acordo com a Proteção Civil, mais importante do que a precipitação que irá ocorrer esta segunda-feira, é o agravamento dessas condições no Centro do país durante o dia de amanhã, “o que faz com que haja uma maior probabilidade de inundações e de cheias rápidas, especialmente nas zonas onde o solo é mais impermeável. Estamos a falar daquilo que são as zonas urbanas”, alertou Alexandre Penha, referindo como efeitos expetáveis o “galgamento dos rios”, assim como quedas de estruturas e ramos devido ao vento forte e ainda a possibilidade da criação de lençóis de água no pavimento.
No entanto, até se verificar esta precipitação em todo o país, “ainda existe a possibilidade de incêndios rurais, o que se verificou até final desta manhã”, razão pela qual se pede o máximo de cuidado na realização de queimas e queimadas nos territórios rurais.
Perante o quadro descrito, a ANEPC aconselhou a população a evitar todas as zonas que são consideradas historicamente como zonas de risco de cheias e de inundações, fazer a manutenção das sarjetas antes da precipitação mais intensa entrar em atividade, assim como fixar todos os objetos que possam estar soltos e sofrer os efeitos do vento forte.
Associado ao risco de precipitação e vento forte, adiantou, pelas 12 horas não havia ainda “ocorrências de relevo” a registar no país. O responsável explicou ainda há “um reforço dos meios disponíveis” para responder a situações que possam advir do mau tempo que se espera. O país encontra-se, neste momento, em alerta amarelo para o risco de precipitação , vento forte e a agitação marítima, devendo ser feito uma atualização desse alerta especial para as primeiras horas de terça-feira e para os distritos de Lisboa, Setúbal, Santarém, Portalegre, Castelo Branco, Porto, Aveiro e Coimbra.