Bacias hidrográficas com totais armazenados em baixa
Todas as bacias hidrográficas apresentam uma descida dos volumes totais armazenados, sendo a bacia do Guadiana que regista valores mais baixos, considerados muito preocupantes, anunciou hoje a Agência Portuguesa do Ambiente, ao avaliar a situação em Portugal e Espanha.
No último dia do mês de setembro de 2020, comparativamente ao mesmo dia de agosto, verificou-se uma descida do volume armazenado em todas as bacias hidrográficas monitorizadas.
“Das 60 albufeiras monitorizadas, quatro apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 19 têm disponibilidades inferiores a 40% do volume total”, de acordo com o relatório sobre o estado das albufeiras.
Comparando com setembro de 2019, as disponibilidades são superiores em sete bacias hidrográficas e inferiores nas bacias do Ave, Mondego, Guadiana, Mira e Barlavento.
“De salientar que no Barlavento se observam em 2020 cerca de 42% das disponibilidades que existiam em 2019 no final de setembro”, frisa-se no documento.
Se a comparação for feita com setembro de 2018, todas as bacias têm valores de armazenamento total inferiores, exceto as bacias hidrográficas do Lima, Cávado, Douro e Tejo.
“Salienta-se que no Barlavento as disponibilidades em 2020 (14,6%) são cerca de 25% das disponíveis em 2018 (58,6%)”, exemplifica-se no documento
Em setembro de 2019, 27 das albufeiras avaliadas tinham disponibilidades inferiores a 40% do volume total.
As disponibilidades hídricas a 23 setembro último, armazenadas na parte espanhola são igualmente referidas pela APA, pela importância que têm para Portugal e onde se verificam os seguintes valores: Bacias hidrográficas do Minho e Lima Espanha – 58,1% (em agosto era de 70,8%), Bacia hidrográfica do Douro Espanha – 61,6% (em agosto era de 68,5%), Bacia hidrográfica do Tejo Espanha — 46,5% (em agosto era de 51,3%), Bacia hidrográfica do Guadiana Espanha — 31,1% (em agosto de 32,7%)
“Verificou-se uma descida dos volumes totais armazenados em todas as bacias, nomeadamente na bacia do Minho. Os valores mais baixos são na bacia do Guadiana, com volumes totais armazenados muito preocupantes”, segundo a avaliação feita.
Entre as albufeiras avaliadas no dia 30 de setembro que apresentam volumes totais inferiores a 40%, estão oito na bacia do Sado: Monte da Rocha [9%], Campilhas [7%], Fonte Serne [26%], Roxo [20%], Monte Gato [10%], Monte Miguéis [13%], Pego do Altar [35%], Odivelas [33%].
Com valores também muito baixos encontram-se quatro albufeiras na bacia do Guadiana: Vigia [15%], Beliche [22%], Caia [29%] e Odeleite [29%].