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A agenda. Aga Khan encontra-se com Costa, Marcelo e Ferro Rodrigues

Jornal i

O Príncipe tem almoços e reuniões, nos próximos dias, com as mais altas figuras do Estado

O Príncipe Aga Khan está em Lisboa desde sexta-feira, mas só começa a trabalhar hoje. E, nos próximos dias, o líder espiritual da comunidade ismaelita planeia encontrar-se com as mais altas figuras do Estado português. A agenda oficial arrancou esta manhã, com um encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prosseguindo com um almoço, no Palácio Foz, com o Primeiro-Ministro António Costa.

Mais tarde, ao serão, Aga Khan terá direito a um banquete privado, oferecido por Marcelo e que decorrerá no sumptuoso Palácio de Queluz. As visitas e as conversas oficiais continuam amanhã e o Príncipe ismaelita começa o dia a discursar no Parlamento – na sala do senado. Logo a seguir, almoça ainda em São Bento com o Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.

De tarde, Aga Khan fará uma visita importante: deslocar-se-á ao Palacete Mendonça, junto ao “El Corte Ingles” – que está a ser remodelado para receber, a partir do início do próximo ano, a sede mundial do Ismaili Imamat. O projeto de recuperação e adaptação do edifício, com a assinatura de Frederico Valsassina, deverá custar qualquer coisa como 20 milhões de euros. Fora os 12 milhões gastos há dois anos na compra do imóvel, adquirido por ajuste direto ao Estado, e onde funcionava parte da Faculdade de Economia da Universidade Nova.

Na quarta-feira, Aga Khan regressa ao palacete, mas para uma cerimónia religiosa que partilhará só com um pequeno grupo de membros da comunidade. No dia seguinte, recomeçam os contactos com o governo português, no centro ismaelita nas Laranjeiras. O Príncipe vai encontrar-se com o ministro da Ciência, Manuel Heitor, e um grupo de 16 bolseiros que estão a desenvolver projetos financiados através de um acordo celebrado entre a Fundação Aga Khan e o Estado e que prevê a doação, por parte do Príncipe, de 10 milhões de euros, distribuídos ao longo de dez anos.

Segundo as contas do “Expresso”, divulgadas este fim de semana, a visita do líder espiritual da comunidade ismaelita vai render entre 123 e 252 milhões de euros à economia de Lisboa, entre gastos com alojamento (sobretudo hotéis e Airbnb, sendo que até o Exército vai ganhar dinheiro com o aluguer de camaratas) , restaurantes, lojas e transportes. R.R.

 

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