O ator norte-americano Morgan Freeman pediu esta quinta-feira desculpa após oito mulheres o terem acusado de assédio sexual e comportamentos inapropriados.
Em comunicado, Morgan Freeman pede perdão a todas as pessoas que se sentiram “desrespeitadas ou desconfortáveis”.
“Quem me conhece ou trabalhou comigo sabe que eu não sou alguém que, intencionalmente, ofenderia ou, conscientemente, faria qualquer um sentir-se desconfortável”, afirma.
Freeman garante que “nunca” foi sua intenção deixar as mulheres com que privou numa situação desconfortável.
Pelo menos oito mulheres acusam o ator norte-americano Morgan Freeman de assédio sexual, avançou esta quinta-feira a CNN.
Os abusos aconteceram durante a rodagem de filmes ou eventos promocionais, de acordo com as mulheres que denunciaram o caso.
Uma das vítimas conta que foi assediada por Freeman durante vários meses enquanto trabalhava como assistente de produção no filme “Ladrões com muito estilo”, de 2017. O ator tentou repetidamente levantar-lhe a saia e perguntava-lhe se estava a usar cuecas.
A assistente de produção conta que outro ator, Alan Arkin, pediu a Freeman para parar com aquele comportamento.
A CNN falou com 16 pessoas no âmbito de uma investigação ao ator de 80 anos. Algumas acusam Morgan Freeman de comportamento inapropriado na sua empresa de produção, a Revelations Entertainment.
Oito mulheres dizem ter sido vítimas de assédio por pare do conhecido ator e outras oito pessoas garantem ter testemunhados os comportamentos de Freeman.
Os representantes do ator ainda não comentaram as acusações de abusos.
Com uma carreira de cinco décadas, Morgan Freeman entrou em mais de uma centena de filmes e venceu um Óscar em 2005, como ator secundário no filme “Million Dollar Baby”.
Desde outubro do ano passado, o mundo do cinema tem sido abalado por denuncias de abusos e assédio sexual em série por parte de atores, realizadores, produtores e agentes. O produtor Harvey Weinstein e o ator Kevin Spacey são dois dos visados.
Os escândalos inspiraram o #MeToo, um movimento que nasceu nas redes sociais onde as vítimas acabam com o silêncio e contam as suas histórias.