Os governos holandês e australiano responsabilizaram formalmente a Rússia pelo abate do voo da Malaysia Airlines (MH17) no leste da Ucrânia em 2014.
“Exigimos que a Rússia assuma a sua responsabilidade e coopere plenamente com a descoberta da verdade e para fazer justiça com as vítimas do voo MH17 e seus familiares”, afirmou o ministro holandês dos Assuntos Exteriores, Stef Blok, em comunicado.
Em comunicado, Blok informou que, juntamente com o Governo australiano, considera a Rússia “formalmente responsável pela ativação da instalação do (sistema de mísseis) BUK com que se derrubou” o MH17.
As autoridades russas já foram informadas por ambos os países deste passo, que é uma ferramenta que pode ser usada pelos Estados quando outros “não cumprem as regras do Direito Internacional”, acrescenta a nota.
Com este passo formal inicia-se “um processo legal complexo”, reconhece o Ministério holandês, e por isso os dois países pediram à Rússia que colabore para se encontrar “uma solução que faça justiça ao tremendo sofrimento e dano causado pela queda do MH17”.
O anúncio surge um dia depois de os investigadores internacionais concluírem que o míssil que abateu o voo MH17 quando sobrevoava a Ucrânia em 2014 foi lançado de uma unidade militar russa.
A Rússia tem negado sempre qualquer envolvimento no disparo de um míssil que abateu o voo da Malaysia Airlines a 17 de julho de 2014 e na quinta-feira, já depois do anúncio das conclusões da investigação internacional, insistiu que o derrube é da responsabilidade da Ucrânia.
O voo MH17 saiu de Amesterdão, na Holanda, e tinha como destino Kuala Lumpur, na Malásia, quando foi atingido por um míssil a leste da Ucrânia, a 17 de julho de 2014.
Todos as 298 pessoas que seguiam no avião, na maioria holandesas ou australianas, morreram no acidente.