O presidente italiano rejeitou a escolha para ministro das Finanças e Economia e Giuseppe Conte devolveu o mandato. Salvini quer nova ida às urnas.
O cenário mais provável na Itália é de novo o das eleições antecipadas.
Enquanto Conte conversava com Mattarella no Palácio do Quirinal, o líder do partido nacionalista Liga, Matteo Salvini, reivindicava já uma nova ida às urnas. “A Itália não é uma colónia, não somos escravos dos alemães ou franceses, dos spreads ou da Finança”, escreveu no Twitter.
“A palavra deve regressar a vós”, afirmou, apontando o caminho das eleições antecipadas – as sondagens sugerem que o seu Liga, prestes a absorver ainda mais votos do centro direita de Berlusconi, sairá beneficiado de uma nova ida às urnas.
Luigi Di Maio, o líder do Movimento 5 Estrelas, respondeu também com repúdio à decisão de Mattarella, que parece ter rejeitado o nome de Paolo Salvona para a Economia e Finanças por considerá-lo demasiado eurocético e excessivamente indisposto a aplicar a receita europeia destinada a corrigir os desvios económicos do país.
“Temos um problema democrático: não vivemos numa democracia livre”, afirmou este domingo Di Maio, que, ao contrário de Salvini, defende um segundo projeto de governo. “Sou há muito um grande admirador de Mattarella, mas isto trata-se de uma decisão incompreensível.”