Mulheres em Portugal: como são e o que sentem. Há um estudo sobre elas
Quem são, o que pensam e o sentem as mulheres portuguesas? É disto que trata o estudo desenvolvido pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, que agora assinala os seus 10 anos de vida. Os resultados são apresentados esta terça-feira.
Dhttps://www.dn.pt/vida-e-futuro/interior/mulheres-em-portugal-como-sao-e-o-que-sentem-ha-um-estudo-sobre-elas-10567650.htmlois anos de trabalho depois, As mulheres em Portugal: como são, o que pensam e o que sentem?, resultado de um inquérito a mais de 2 mil mulheres, é apresentado esta terça-feira à tarde na Aula Magna, em Lisboa, coincidindo com os 10 anos de vida da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS).
É o nono estudo na história da FFMS coordenado por Gonçalo Saraiva Matias, mas de “características diferentes dos outros”, como assinala ao DN o Diretor de Estudos. “Não é um estudo de investigação como o da igualdade de género”, diz, remetendo-se ao primeiro de todos os trabalhos com o selo da instituição que foi dado a conhecer. “É baseado num inquérito pela Internet a um conjunto alargado de mulheres”. Em concreto, 2428 pessoas entre os 18 e os 64 anos, representando uma população de 2,7 milhões. O projeto é coordenado pela economista espanhola Laura Sagnier, que fez idêntico trabalho tendo por base as mulheres espanholas. As questões abordadas vão do lugar no mercado de trabalho às questões pessoais. Ou, resumindo, nas palavras do diretor de estudos: “Como as mulheres olham para sua situação”.
As perguntas foram sobre o emprego, as horas de trabalho dedicado à casa, a situação económica, a relação com a pessoa parceira, o assédio no trabalho, a violência doméstica e de género, entre outras.
Alargar o debate
“O primeiro objetivo da Fundação é contribuir para um debate alargado”, diz Gonçalo Saraiva Matias. “E o estudo é cumprir um objetivo em si mesmo, estamos a dar instrumentos para um debate rigoroso”.
Findo o trabalho, diz o diretor, “aprendi imenso sobre as mulheres portuguesas e o que pensam sobre si”. “Vamos desfazer algumas ideias feitas”, acredita.
Marcelo Rebelo de Sousa estará na apresentação, às 15.00. Segue-se o debate com as sociólogas Anália Torres, Ana Nunes de Almeida e a presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), Teresa Fragoso.
As mulheres no Mundo fecha a apresentação. A jornalista Ghida Fakhry modera o debate entre a ex-embaixadora dos EUA nas Nações Unidas Samantha Power e a atriz Freida Pinto.
Um novo estudo e novos temas
O próximo estudo será sobre Segurança Social, e a sua sustentabilidade, e é apresentado a 12 de abril no Teatro D. Maria II. É outro dos temas que a FFMS quer ter na agenda.
Nos próximos dois anos, habitação, dívida pública e evolução da economia vão estar no radar dos estudos da FFMS.