Kathryn quer mais de 1 milhão de euros. A vida que ela tinha e até onde está disposta a ir para apanhar Ronaldo
De modelo e promotora de hotel a professora primária. A norte-americana rasgou o acordo de 325 mil euros que a impedia de denunciar CR7 e recorre à Justiça para provar que foi violentada. Agora pretende muito dinheiro.
Ronaldo conheceu Kathryn Mayorga na discoteca do hotel, The Palms Place Casino Resort, em Las Vegas, onde a mulher trabalhava como promotora e chamariz para atrair clientes. O jogador caiu no isco do consumo no bar e continuou a noite de 13 de junho, de 2009, a dançar com Kathryn e uma amiga loira, chamada Jordan, na zona VIP da discoteca.
Ela tinha terminado o trabalho da noite e bebia um copo com uma amiga, ele gozava as férias mais loucas da sua vida, após ter protagonizado a transferência do ano para o Real Madrid por 94 milhões de euros.
Ainda segundo Mayorga, Ronaldo ter-lhe-á tirado a roupa interior, contando com a recusa da vítima. “Virei-me e enrolei-me como uma bola e gritei não, não, não!” Segundo o relato, o avançado terá agarrado na sua vagina e pulou para cima das suas costas, praticando sexo anal sem protecção, durante 5 a 7 minutos e sem lubrificante. “Olhou para mim, com um olhar culpado. Quase como se sentisse mal. Não me lembro, mas tenho ca erteza que ele disse ‘desculpa’ ou ‘magoei-te?’”, recorda, acrescentando que, no final, terá perguntado se ela estava com dores, para dizer depois que era “um homem 99% bom”, à excepção daquele momento, “1%”.
Quem é, afinal, a norte-americana que pode destruir a vida a Ronaldo? Agora com 34 anos de idade, Kathryn nasceu e cresceu na cidade de Las Vegas, oriunda de uma família da classe média. O pai é um bombeiro reformado e a mãe ganhou a vida a tomar conta de crianças.
Do currículo de Kathryn não fazem parte festas loucas, nem excessos, nem uma vida desregrada. A antiga professora admite agora que aceitou o acordo de 325 mil euros feito com o advogado de Cristiano Ronaldo, Osório de Castro, porque estava no limite a nível psicológico.
Os pais de Kathryn recordam esse dia como um dos mais duros para a família. “A sala estava cheia de advogados de Ronaldo. Disseram coisas horríveis, basicamente tentaram dizer que a minha filha era uma prostituta, porque trabalhava como modelo. Nem sei como é que conseguem dormir à noite.”
Nove anos depois da noite de “terror”, o caso foi reaberto pela Polícia de Las Vegas e promete ser levado até às últimas consequências por Mayorga. O grande trunfo da defesa da norte-americana são as provas hospitalares. No dia seguinte à alegada violação, Kathryn esteve sob observação no hospital durante horas. Os vestígios de ADN, então recolhidos, podem tramar Cristiano Ronaldo.
O caso foi tratado como uma violação e, no relatório médico, surge a indicação que a jovem apresentava um inchaço no ânus com hematoma e uma laceração. Foi medicada com antibióticos.
Kathryn garante que não vai desistir , que quer que seja feita justiça e que quer ainda que este caso lhe retire uma dúvida que, ao longo destes anos todos, sempre lhe passou pela cabeça: se há outras mulheres que terão motivos para acusarem Ronaldo.
Para além do crime de violação, a alegada vítima de Cristiano, acusa ainda o jogador português dos crimes de agressão, coação, extorsão, e negligência, entre outros, num total de mais de 10 crimes. Pretende que seja pago cerca de 50 mil euros por cada um deles, mais uma indemnização de cerca de 500 mil euros por danos morais. Ao todo é mais de 1 milhão de euros.
Neste momento trata-se de um processo cível, sem lugar a condenação criminal, havendo apenas lugar a indemnização. Caso passe para criminal, Ronaldo corre o risco de ser condenado a prisão perpétua. No estado do nevada, a violação é considerado o segundo crime mais grave, a seguir ao homicídio.