O selecionador espanhol Julen Lopetegui foi despedido do cargo de selecionador espanhol, a dois dias da estreia da equipa no Mundial 2018, na Rússia, frente a Portugal.
A decisão foi comunicada esta quarta-feira, pelo presidente da Federação Espanhola, Luis Rubiales, durante uma conferência de imprensa. “Vemo-nos obrigados a prescindir do selecionador”, disse.
Na base da demissão está o anúncio feito na terça-feira pelo Real Madrid, que confirmou Lopetegui como o treinador para as próximas três épocas.
Rubiales adiantou que a federação espanhola não foi contactada durante o processo de transferência para o Real Madrid.
“A RFEF (Real Federação Espanhol de Futebol) não pode permanecer à margem de uma negociação de um dos seus trabalhadores (Julen Lopetegui) e tomar conhecimento cinco minutos antes da emissão de um comunicado. Pelo que fomos obrigados a atuar”, adiantou Luis Rubiales.
O presidente da RFEF, que falava durante uma conferência de imprensa, em Krasnodar, acrescentou que “se alguém (Real Madrid) quer contratar um trabalhador da instituição, tem que falar com o trabalhador, mas também com a sua entidade patronal”.
“Ficámos numa situação muito complicada, mas os jogadores e a futura equipa técnica vão fazer todos os possíveis para chegar o mais longe possível”, disse Luis Rubiales, sem precisar quem será o sucessor de Julen Lopetegui no banco da “roja”.
O responsável admitiu que “esta é uma situação muito difícil” e está consciente que haverá críticas, mas recorda que os valores defendidos pela RFEF “estão acima de tudo e de todos”.
“A equipa vai fazer tudo por alcançar os melhores resultados. Não podemos falar de hipóteses, mas a RFEF não pode ter tido conhecimento cinco minutos antes do que se tornou público”, disse.
O presidente da federação espanhola admitiu que admira e tem consideração por Julen Lopetegui, responsável pela qualificação da seleção espanhola para o Mundial2018, onde surge invicta ao fim de 20 jogos, pelo que tornou esta decisão “mais difícil”.
“Estou seguro que, com o tempo, isto nos fará mais fortes”, referiu ainda Luis Rubiales, acrescentando que a seleção de futebol é a equipa de todos os espanhóis e não se podem fazer destas coisas a dois ou três dias do Mundial.
“Fomos obrigados a tomar esta decisão”, finalizou.