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Bruno de Carvalho: “Basta uma carta dos jogadores e demitimo-nos”

Jornal Noticias

Num dia marcado pelas rescisões de Bruno Fernandes, Bas Dost, Gelson Martins e William, Bruno de Carvalho garantiu que não têm valor de justa causa e deixou um desafio aos atletas.

“Foi mais um dia difícil para a família sportinguista. Não é que estas situações não estivessem pensadas, porque infelizmente estamos nós, mais o Sporting, a viver um ataque grande. Não são três mas já quatroas cartas de rescisão que chegaram [esta segunda-feira]. Lamentamos que o Sporting esteja a passar por uma situação destas, a viver um período de dúvidas e de angústia. Chegamos a um ponto em que temos todos de tomar uma decisão. O que estão aqui a dizer nestas rescisões não tem qualquer fundamento a nível de justa causa. Há aqui uma situação de chantagem, que não me parece que seja para levar até ao fim, tão fraca é a argumentação. Estes processos não são para levar até ao fim. Não somos maluquinhos e sabemos o que estamos a dizer,” afirmou Bruno de Carvalho numa declaração à Imprensa, que teve início às 21.30 horas.

O presidente dos leões deixou ainda uma mensagem aos jogadores, salientado que, caso os atletas que apresentaram a rescisão escreverem uma carta, o Conselho Diretivo se demite de imediato.

“Se o problema é este Conselho Diretivo, então basta escreveram uma carta à SAD dizendo que, se esta direção se demitir, voltam atrás com as rescisões e jogam no Sporting. Uma segunda coisa é se voltarmos a ganhar em eleições, que continuam a valer essas premissas. Basta essa carta dos seis e nós, na mesma hora, nos demitimos. Uma carta em que digam dois pontos: que se nos demitirmos que voltam atrás com as rescisões; que se nos candidatarmos e ganharmos continuam a valer essas premissas”, reiterou, salientando que deverá haver mais casos.

“A informação que temos é que haverá mais rescisões até dia 15 de junho. Se nos formos embora o futebol muda de paradigma. Se isto são justas causas, então é melhor o futebol mudar completamente. Se sairmos, que tipo de liderança teria o próximo presidente? Iria gerir sob medo, sob pressão? Não, os jogadores voltavam atrás e ele vendia-os. O mais fácil era apresentarmos a demissão mas o Sporting perdia tudo o que conquistou em cinco anos, pois quem mandava no clube seriam agentes e advogados. Não quero meter os jogadores nisto. Na altura certa direi o que sei sobre cada um deles. O que traria de bom a nossa saída?”, sublinhou.

Quando questionado sobre a próxima época, Bruno de Carvalho foi categórico. “Plantel existe e existirá, independentemente destas rescisões, pois há jogadores que já estava prevista a venda. A pré-época começa daqui a 10 dias porque não quisemos atrasar. Ainda falta muito para começar. Se chegámos ao clube e os jogadores não valiam nada, por que não ultrapassar também esta situação? Já tivemos uma situação mais complicada, em que o plantel podia ter rescindido todo, porque não tínhamos dinheiro”, concluiu.

Origem
JN
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