Sociedade

Já há outra vez esquilos em Portugal e vieram para ficar

Começaram a atravessar a fronteira no Minho na década de 80 e desceram até ao Tejo. Extintos durante centenas de anos, os esquilos estão de volta. Nos últimos anos foram feitos 1.400 avistamentos.

Estiveram extintos durante centenas de anos, por falta de habitat, mas na década de 80 começaram a atravessar a fronteira pelo Minho e já chegaram ao Tejo, onde se encontram fora de perigo. Ao todo, nos últimos anos, foram feitos 1.400 avistamentos de esquilos-vermelhos entre o Rio Minho e o Rio Tejo, revelou a Universidade de Aveiro em comunicado esta quarta-feira.

“Os esquilos estão definitivamente de volta ao território nacional”, lê-se no comunicado enviado às redações, que partilha as conclusões do estudo do Departamento de Biologia (DBio) da Universidade de Aveiro sobre a distribuição do esquilo-vermelho. A equipa de investigadores lançou um inquérito online e contou com a ajuda de várias centenas “de cidadãos anónimos que nos últimos anos avisaram os investigadores sempre que viam o simpático animal”. O resultado foram 1.400 avistamentos, um resultado que foi publicado no último número da revista European Jounal of Wildlife Research.

“Comparativamente ao estudo anterior, realizado em 2001 e que indicava que o esquilo ocorria apenas a norte do rio Douro, verifica-se hoje uma grande expansão desta espécie nas últimas duas décadas”, resumiu a bióloga Rita Gomes Rocha. A coordenadora do estudo aponta ainda a boa notícia de “existirem alguns registos esporádicos a sul do rio Tejo, que podem indicar uma contínua expansão em locais onde existe habitat e recursos disponíveis para o esquilo”.

Este roedor anda sobretudo pela copa das árvores e embora se chame esquilo-vermelho a sua cor varia do castanho ao preto.

Projeto Esquilo Vermelho foi lançado em 2014 pela Unidade de Vida Selvagem da UA e baseia-se “na cidadania ativa na recolha de dados científicos, ou a chamada Ciência Cidadã”.

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Observador
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