Sociedade

A bailarina de 12 anos que acaba de regressar dos EUA com três medalhas de ouro

Carolina Costa tem 12 anos e acaba de regressar a casa com mais três medalhas de ouro, que ganhou a dançar no Ballet Beyond Borders. É aluna do Conservatório Internacional de Ballet e Dança Annarella Sanchez, em Leiria

Começou a ter aulas de ballet aos três anos – a ideia foi da avó – e até aos sete quis desistir. Os pais disseram-lhe: “Experimenta mais um ano.” A partir dos oito, começou a participar em concursos de dança e tudo mudou. Hoje, Carolina Costa tem 12 anos e acaba de regressar a casa com mais três medalhas de ouro, que ganhou a dançar no Ballet Beyond Borders, concurso de dança que decorre em Missoula, no estado americano do Montana.

A jovem bailarina conseguiu o primeiro lugar nas três categorias em que participou, no escalão de estudante: solo contemporâneo, solo clássico, de Le Corsaire, e pas de deux, de Flames of Paris, que dançou com o também português Francisco Gomes.

Parca em palavras, Carolina Costa diz que dançar em palco num concurso “é igual” a dançar num espetáculo. E acrescenta: “É muito bom. É bom para ganhar experiência em palco.”

Recentemente mudou-se da Ent’artes – Escola de Dança de Braga, na cidade onde nasceu e passou a maior parte da sua vida, para o Conservatório Internacional de Ballet e Dança Annarella Sanchez, em Leiria. “É uma escola conhecida em todo o mundo e podia dar-me uma formação muito melhor”, conta ao DN. A família ficou em Braga e ela foi sozinha. Hoje vive em casa da diretora e professora cubana Annarella Sanchez.

O dia de Carolina Costa começa na escola de ensino regular, entre as 8.30 e as 12.30. Depois de almoço começam as aulas e ensaios no Conservatório: das 14.00 às 20.30/21.00. Ao sábado, essas cerca de sete horas de aulas e ensaios passam para “oito ou nove“, conta o pai, Ricardo Costa, explicando porque apoiaram a filha na mudança para Leiria.

“Sentimos que isto é uma carreira que termina cedo e por isso as decisões tomam-se nestas idades. Não há no país nenhuma escola igual à da Annarella. Não foi [um processo] fácil, andámos um ano a a preparar a mudança”, conta. A mudança é recente, mas já visível, acrescenta Ricardo Costa. “Notamos em tudo, na segurança dela, na forma como ela está feliz com o que faz e com o grupo de amigos que criou… O conservatório tem muitos alunos do estrangeiro, do Brasil, Paraguai, Argentina, Roménia… Criaram um grupo muito unido.”

No ano passado, a jovem bailarina recebeu um voto de louvor da Assembleia da República, proposto pelo PSD. “Carolina Costa teve uma participação histórica no Dance World Cup 2018, o maior concurso mundial de dança, que este ano ocorreu em Sitges”, na região de Barcelona e que “envolveu mais de 12 mil bailarinos, de todo o mundo, com idades entre os quatro e os 25 anos”, lia-se no voto então apresentado pela bancada social-democrata.

Também em 2018 fez um curso de três semanas na prestigiada academia russa de ballet Vaganova, em São Petersburgo. “São duros, mas uma pessoa tem de se habituar. Acho que não são mais duros do que aquilo a que estou habituada”, afirma ao DN Carolina Costa.

O próximo destino já está marcado e leva-a de volta a casa: o Dance World Cup, que começa a 28 de junho em Braga.

Origem
DN
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