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Panama Papers. Quatro homens acusados nos EUA por fraude e evasão fiscal

Os quatro indivíduos estiveram envolvidos num “esquema criminoso com décadas de duração perpetrado pela Mossack Fonseca”, o escritório de advogados estabelecido no Panamá que, em 2016, sofreu uma enorme fuga de documentos. Os réus “foram a extremos para manter a sua riqueza e a riqueza dos seus clientes”, disse procurador de Manhattan

Quatro homens foram acusados nos EUA por fraude e evasão fiscal no âmbito das investigações aos Panama Papers. A informação foi avançada esta terça-feira pelo Departamento norte-americano de Justiça.

Funcionários da justiça revelaram que os quatro indivíduos estiveram envolvidos num “esquema criminoso com décadas de duração levado a cabo pela Mossack Fonseca”, o escritório de advogados estabelecido no Panamá que, em 2016, sofreu uma enorme fuga de documentos.

QUEM SÃO OS QUATRO HOMENS ACUSADOS?

Os quatro homens foram identificados como Dirk Brauer, Harald Joachim von der Goltz, Richard Gaffey e Ramses Owens.

Brauer, um cidadão alemão de 54 anos que trabalhava para uma empresa de gestão de ativos ligada à Mossack Fonseca, foi preso em Paris a 15 de novembro.

Von der Goltz, com 81 anos, também alemão mas a residir nos Estados Unidos, foi preso em Londres na segunda-feira.

O contabilista Richard Gaffey, com 74 anos e também a residir nos EUA, foi detido em Massachusetts na terça-feira.

Já o cidadão panamiano Ramses Owens, de 50 anos, trabalhou para a Mossack Fonseca como advogado e continua em liberdade.

E DE QUE É QUE SÃO ACUSADOS?

Os procuradores alegam que Owens e Brauer criaram e administraram fundações falsas e empresas-fantasma para esconder bens.

Von der Goltz residia à época nos EUA e era um cliente da Mossack Fonseca. É acusado de fugir das obrigações fiscais norte-americanas através de um esquema de empresas-fantasma.

Gaffey é acusado de ajudar no esquema e de, juntamente com Owens, ajudar um outro cliente, designado apenas como Cliente 1, a defraudar a receita federal.

Os quatro enfrentam várias acusações. Este tipo de fraude pode levar a uma pena de prisão de 20 anos.

O procurador de Manhattan Geoffrey Berman disse que os réus “foram a extremos para contornar as leis fiscais dos EUA a fim de manterem a sua riqueza e a riqueza dos seus clientes”. As investigações após a fuga dos documentos conhecidos como Panama Papers continuam em todo o mundo.

Origem
Expresso
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