Borba. Marinha vai usar submarino com controlo remoto nas buscas
As dimensões do espaço colocam dúvidas sobre o sucesso da operação uma vez que o submarino costuma ser utilizado em espaços maiores
As buscas em Borba prosseguem esta quinta-feira pelo terceiro dia e, desta vez, contam com a ajuda de um veículo submarino com controlo remoto da Marinha. É a primeira vez que este aparelho irá atuar num espaço tão pequeno.
O comandante Fernando Fonseca, porta-voz da Marinha, explicou à Lusa que “a Marinha vai enviar um equipa com seis elementos – dois oficiais, um sargento e três praças mergulhadores – e equipamento. O equipamento será um veículo submarino com controlo remoto e algum equipamento de mergulho”.
O aparelho é normalmente utilizado no mar, rios e em algumas albufeiras com o objetivo de encontrar minas que estejam fundeadas. Devido às condições da pedreira, principalmente ao seu espaço confinado, o comandante tem algumas dúvidas sobre o sucesso da operação. O submarino precisa de “algum espaço para poder ganhar as referências no seu sistema de navegação”.
“O facto de ser uma zona tão confinada poderá não ser possível o equipamento estabilizar. Se tiverem sucesso em fazer o alinhamento do sistema de navegação, vão tentar que o sonar, que faz a busca pela projeção do som dentro de água, possa detetar as viaturas e passar a informação”, reforçou.
A equipa de militares enviada pela Marinha deverá chegar a Borba pelas 7h30, onde vão participar num briefing antes de se juntarem às operações de resgate.