Tecnologia

Apple aposta no maior ecrã de sempre num iPhone

A marca apresentou três modelos, o Xs e o Xs Max e um telefone mais barato, o iPhone Xr

“Hoje vamos levar o iPhone X para outro nível”, começou por dizer Tim Cook, o CEO da Apple, no início da apresentação dos novos iPhone. A marca apresentou três modelos, o Xs e o Xs Max e um telefone mais barato, o iPhone Xr.

Já havia poucas surpresas, depois de tantos leaks e rumores. O primeiro telefone a ser apresentado foi o iPhone Xs, que tem um ecrã de 5,8 polegadas, mas, quando comparado com o iPhone 8 Plus, parece bem mais compacto. A “surpresa” (que pouco o é) vai para o iPhone Xs Max, com um ecrã OLED de 6,5 polegadas, Super Retina, que, graças à reduzida moldura do iPhone, parece ainda maior do que é. A partir de agora, este é o maior iPhone da linha de smartphones da Apple.

A marca aumentou a certificação de resistência à água nos modelos Xs, passando agora para a IP68, que na prática permite ter o telefone submerso durante dois minutos, a dois metros de profundidade.

A tecnologia de reconhecimento facial da Apple, a Face ID, tem um algoritmo agora mais rápido, para poder desbloquear o telefone mais depressa. A Apple é ambiciosa, dizendo que este é o “sistema de autenticação facial mais seguro de qualquer smartphone“.

O novo processador dos telefones chama-se A12 Bionic, com a Apple a explicar que tem 6,9 mil milhões de transístores. O discurso é o habitual: a evolução permitirá otimizar a bateria do iPhone, tendo sido desenhado de propósito para os novos terminais. Segundo a Apple, quando é conjugado com o novo iOS, o 12, permitirá navegar pelas aplicações até “30% mais depressa”. O AR Kit2, para programadores desenvolverem aplicações de realidade aumentada, também beneficia das novas redes neurais, ficando nove vezes mais rápido, usando apenas um décimo da energia do telefone.

A nova geração de motor neuronal incluída neste processador tira partido de machine learning, que, segundo a marca, otimizará a experiência dos animojis e também as imagens tiradas com a câmara do iPhone, além de melhorar as operações habituais do terminal.

Novidades na câmara

Na parte traseira do telefone, há um sistema de duas câmaras: uma grande angular com um sensor de 12 MP, estabilizador ótico de imagem e abertura de 1.8. A segunda câmara tem também um sensor de 12 MP.

Na parte frontal, há um sensor de 7MP. Mas, segundo a Apple, aquilo que faz a diferença numa câmara é o processador de imagem. Por isso, a marca da maçã refere que tudo isto estará a tirar partido do chip neuronal incluído, que processa milhões de operações ao tirar uma fotografia.

O iPhone Xs vai também ter uma nova tecnologia na parte de fotografia, chamada Smart HDR, que a marca refere que garantirá imagens mais detalhadas.

Também o modo de retrato e de iluminação, introduzido com o iPhone X, foi melhorado nos iPhones Xs e Xs Plus. Há um novo modo, que tenta reproduzir com o iPhone um modo bokeh (um modo que desfoca o fundo de uma fotografia).

O novo processador A12 Bionic vai ainda mexer outros cordelinhos na parte de fotografia: mesmo depois de ter captado uma imagem, vai poder mexer na profundidade de campo, para tornar o fundo mais ou menos focado.

Na captação de vídeo, a Apple refere que a captação de som vai tirar partido dos quatro microfones do iPhone Xs, para que seja possível criar experiências mais imersivas, com som em estéreo. E, sim, é possível gravar em 4K.

Mas e a bateria?

A Apple explica que melhorou a bateria do iPhone: o Xs vai ter mais 30 minutos de duração de bateria estimada do que o X. O Xs Max tem a maior bateria num iPhone, diz a Apple, com mais 90 minutos do que o iPhone X.

Dual SIM… mas com uns truques

Era pedido há anos pelos utilizadores de iPhone. A Apple vai finalmente aceder ao pedido, mas não da forma habitual. Vai chamar-lhe DSDS, mas, na prática, o dual SIM da Apple não vai traduzir-se em dois cartões SIM físicos. A lógica é ter um cartão SIM físico no telefone, sim, e juntar-lhe um eSIM, uma espécie de cartão virtual – que precisará de um acordo com os operadores. Na China, onde o eSIM não é possível, a Apple refere que terá uma edição especial do iPhone Xs, com espaço para dois cartões SIM físicos.

Na prática, o eSIM no iPhone vai reproduzir a lógica que já é utilizada no Apple Watch Series 3, lançado no ano passado, e nos iPad com ligação LTE.

O iPhone “surpresa”

O terceiro iPhone foi durante todos estes meses de antecipação referido como “o iPhone mais barato da linha”. A Apple não o esconde: o iPhone Xr foi criado mesmo com a ideia de ser uma forma de chegar a um público mais alargado. Com um ecrã de 6,1 polegadas, o painel pertence à categoria LCD, enquanto os outros dois novos iPhone têm ecrãs OLED – mais dispendiosos, diga-se.

Vai partilhar algumas características com os Xs e Xs Max, é certo, mas terá um acabamento diferente, em cores bastante mais vivas do que os outros modelos. Na câmara fotográfica traseira, há apenas uma câmara, com um sensor de 12 megapíxeis.

A seguir as pisadas dos restantes iPhone, não contará com Touch ID, com a Apple a tornar o FaceID transversal a toda a linha.

Preços e disponibilidade

Já há preços para os iPhones em Portugal. O iPhone Xs de 64 GB vai custar 1179 euros, o iPhone XS Max custará 1279 euros na versão de 64 GB. As pré-vendas arrancam a 14 de setembro e chegará ao mercado a 21 de setembro. Portugal está na lista de países que receberão o iPhone logo a 21 de setembro. O segundo rollout chegará a 28 de setembro, com aquilo que a Apple diz ser o rollout geográfico mais rápido que já fez.

Mais tarde, chegará o Xr, com a pré-venda a arrancar a 19 de outubro e a chegada às lojas a acontecer no dia 26 de outubro. Em Portugal, custará 879 euros na configuração de 64GB, a mais reduzida.

A Apple apresentou também o Apple Watch Series 4.

Origem
DN
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