Plataforma Airbnb cobrou 2,6 milhões de euros de taxa turística em Lisboa no 1º semestre
Desde que foi celebrado o acordo com a Câmara de Lisboa, em 2016, a plataforma, que cobra um euro por noite de taxa turistíca, já entregou 8,1 milhões de euros.
A plataforma ‘online’ de alojamento Airbnb cobrou 2,6 milhões de euros relativos à Taxa Municipal Turística nos primeiros seis meses do ano, perfazendo um total de 8,1 milhões entregues à Câmara de Lisboa desde 2016.
Segundo dados que a plataforma transmitiu à agência Lusa, foram cobrados em Lisboa “2,6 milhões de euros de Taxa Turística no primeiro semestre de 2018”. Desde que foi celebrado o acordo com a Câmara de Lisboa, em abril de 2016, a plataforma já entregou “8,1 milhões de euros”.
Aprovada em 2014, a Taxa Municipal Turística começou a ser aplicada em janeiro de 2016 sobre as dormidas de turistas nacionais (incluindo lisboetas) e estrangeiros nas unidades hoteleiras e de alojamento local, sendo cobrado um euro por noite até um máximo de sete euros.
Desde abril de 2016 que a Airbnb recolhe este dinheiro junto dos seus anfitriões e o entrega ao município. Durante o ano de 2017, a Câmara de Lisboa encaixou 18,5 milhões de euros com esta taxa. Já este ano foi celebrado também um acordo com a Câmara do Porto, que foi implementado em abril.
Segundo informação transmitida à Lusa, a Airbnb entregou à Câmara Municipal do Porto “mais de 963 mil euros em taxa turística”, cobrada entre abril e junho.
Em 1 de março, a taxa turística do Porto (de dois euros por dormida) começou a ser aplicada a hóspedes com mais de 13 anos, num máximo de sete noites seguidas, para “mitigar o impacto da pegada turística” na cidade, definiu a autarquia. Em termos globais, a plataforma já cobrou “9,1 milhões de euros de taxa turística em nome de anfitriões em Portugal, valores relativos às duas maiores cidades do país”.
Apesar de considerar que estes acordos promoverem “a partilha responsável de alojamento e simplificar os processos para todos os intervenientes”, o representante da Airbnb em Portugal considerou que, “infelizmente, as novas regras propostas para o alojamento local irão aumentar a burocracia e os custos”.
Em comunicado, Arnaldo Muñoz salientou que “as novas regras propostas são um passo na direção errada, pois vão prejudicar as famílias locais e aumentar a burocracia para todos”.
O representante apontou que “a Airbnb vai mais além dos hotéis na distribuição de benefícios às famílias e às comunidades locais e torna também mais fácil para os anfitriões pagar sua justa parte dos impostos e contribuir financeiramente para a cidade”. “Queremos tornar mais fácil – não mais difícil — o cumprimento da lei e continuaremos a trabalhar com os legisladores sobre regras baseadas no senso comum”, refere a mesma entidade.