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Aston Martin, Rolls e Cranfield juntas. Que medo!

Lembra-se de Cranfield, a universidade que se juntou à Siemens para converter um Mustang num carro autónomo cujo desempenho foi assustador? Pois, agora está num projecto para um avião... autónomo.

Acaba de ser apresentado no Farnborough Air Show um projecto futurista, de design arrojado e intenções audaciosas: chama-se Vision Volante Concept e é uma aeronave destinada a transportar passageiros em voos de médias e longas distâncias, de forma autónoma, descolando e aterrando na vertical.

Apesar de herdar claramente uma denominação típica da casa de Gaydon, a verdade é que este avião não é exclusivo da Aston Martin. Conta ainda com a colaboração da Cranfield Aerospace Solutions e de outro peso-pesado, a Rolls-Royce – não o construtor de automóveis de luxo, mas a empresa que se dedica ao fabrico de motores, precisamente para a indústria aeronáutica. Até aqui, tudo bem. Sucede que nesta curiosa iniciativa participa igualmente a Universidade de Cranfield, cujos créditos levaram um forte rombo nos últimos dias, com a dramática exibição de um Ford Mustang, supostamente autónomo, em Goodwood. O carro parecia ser um nível 5, mas de vontade própria, com o piloto que devia estar quietinho durante o percurso a não ter mãos a medir, para evitar que o espectáculo fosse ainda mais hilariante…

O Vision Volante Concept tem a particularidade de ser híbrido, promovendo viagens luxuosas com redução de emissões. Segundo a Aston Martin, a ideia é fazer Londres-Paris, por exemplo, em apenas uma hora, viajando a uma velocidade algures entre os 320 os 400 km/h. Mas, por enquanto, podemos ficar tranquilos que este avião ainda não vai descolar. Trata-se para já de um estudo, obviamente com intenções de sair do papel, o que a acontecer seria bom que viesse acompanhado de uma explicação sobre quem fez o quê… Só para percebermos melhor qual o papel da Universidade de Cranfield neste projecto. É que a declaração do director da divisão aeroespacial da universidade deixa-nos a pensar se virá aí outro contributo em matéria de sistemas autónomos:

Estamos muito satisfeitos por fazer parte deste projeto emocionante que mostra a inovação britânica e a maneira como Cranfield trabalha e apoia os negócios. O Volante Vision Concept exemplifica as capacidades únicas de Cranfield na aviação digital, sistemas autónomos e electrificação da indústria aeroespacial, sendo um excelente exemplo de como a universidade combina pesquisa de ponta, rigor académico e aplicação no mundo real”, disse o professor Iain Gray.

Mas é tranquilizador saber que a componente mecânica é da Rolls. Três hélices direccionáveis, parcialmente escondidas sob a fuselagem, permitem que avião descole e aterre na vertical, para depois seguir viagem, levando a bordo três ocupantes. Os rotores são eléctricos e, uma vez consumida a carga das baterias que os alimentam, não é especificado de que modo essas baterias voltam a ser recarregadas em voo.

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