Fiat. Não há greve que resista a Cristiano Ronaldo
Era suposto haver greve na fábrica de Melfi da FCA, em jeito de protesto contra a contratação de CR7. Mas os funcionários aderiram ao trabalho: dos 1.700 que deviam picar o ponto, 1.695 fizeram-no.
Cristiano Ronaldo foi esta tarde apresentado com a camisola da Juve, depois de assinar um contrato para as próximas quatro temporadas que lhe vai render anualmente 30 milhões de euros. O montante envolvido nesta operação, conforme aqui lhe dissemos, levou a Unione Sindicale di Base a convocar uma greve na fábrica de Melfi do Grupo FCA (Fiat Chrysler Automobiles), em jeito de protesto. Se contra a família Agnelli (dona do clube e uma das principais proprietárias da FCA, detendo 29,19% das acções do grupo automóvel italo-americano) ou se contra Ronaldo, não se percebeu bem. Mas não se percebeu mesmo. A ponto de nem os trabalhadores terem percebido que relação existe entre dois negócios distintos e separados (carros e futebol), apesar de naturalmente todos serem fãs de aumentos salariais. Resultado, de acordo com a Automotive News Europe, cinco funcionários aderiram ao protesto.
O número chega a ser ridículo. Representa 0,3% dos 1.700 funcionários do primeiro turno da fábrica em questão, de onde saem modelos como o Fiat 500X, o Fiat Punto e o Jeep Renegade. Dito de outra forma, hoje, para 1.695 trabalhadores foi uma segunda-feira como outra qualquer.
Daí que a FCA tenha dado a entender que já esperava que este primeiro dos dois dias de greve convocados fosse um fracasso. “As acções de protesto promovidas nos últimos dias à volta do futebol falharam por completo”, declarou um porta-voz do Grupo FCA à Automotive News Europe.