Os canoístas portugueses Teresa Portela, Joana Vasconcelos e Fernando Pimenta, que no fim de semana conquistaram títulos de campeões europeus em Belgrado, chegaram a Portugal com o desejo de alcançar mais e melhor.
Teresa Portela, que alcançou o ouro em K2 200 metros juntamente com Joana Vasconcelos, disse que a conquista desta medalha é sobretudo uma recompensa do trabalho, confessando que no final da prova não tinha a perceção do lugar em que tinham terminado.
“Acabar o campeonato com uma medalha foi muito bom. Ainda por cima, eu e a Joana (Vasconcelos) não sabíamos em que lugar tínhamos ficado, mas depois que soubemos ficámos muito impressionadas. Esta medalha, mais do que uma recompensa dessa prova, é uma recompensa do que a equipa feminina tem vindo a fazer. É uma motivação para o campeonato do mundo”, revelou a atleta à chegada ao Porto.
Já Joana Vasconcelos frisou a “felicidade” da conquista da medalha de ouro em K2 200, mas lamentou não terem conseguido mais do que o sétimo lugar em K2 500, apontando já para um desempenho melhor nos Mundiais que se realizam em agoisto, em Montemor-o-Velho.
“Esta medalha tem um grande significado. No entanto, no K2 500 queríamos ainda mais, mas não foi possível. Agora é trabalhar mais para chegarmos ao Mundial em melhor forma. Temos feito um bom trabalho, o treinador tem reforçado esta equipa feminina. Somos um grupo bastante unido e isso é bastante importante”, confessou a canoísta que para o mundial quer dar “o melhor para deixar os portugueses orgulhosos”.
Teresa Portela e Joana Vasconcelos impuseram-se às russas Natalia Podalskaya e Vera Sobetova, segundas classificadas por 28 milésimos de segundo, e às polacas Dominika Wlodarczyk e Katarzyna Kolodziejczyk, terceiras, a 92 milésimos.
Fernando Pimenta, que se sagrou tricampeão continental em K1 1.000 metros e ainda trouxe a medalha de bronze em K1 500 e a a prata em K1 5.000, explicou que o principal objetivo “é continuar a trabalhar focado, com a mesma disciplina” e deixou um aviso para os adversários: “Sei que agora os adversários sabem até onde têm de chegar, por isso vou ter de os surpreender no campeonato do mundo”.
O canoísta defende que “a canoagem portuguesa está de parabéns”, uma vez que “os resultados continuam a aparecer e o trabalho está a ser bem feito”.
Em termos pessoais, Fernando Pimenta admite que este “é o momento mais mágico” da sua carreira, desejando que os triunfos se mantenham.
“Consegui pelo terceiro ano consecutivo ser campeão do K1 1000, a prova rainha, a prova olímpica. Para mim é o momento mais mágico da minha carreira e espero para o ano estar novamente na luta por este título”, disse ainda à chegada ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.