Bloquistas, tal como os sindicatos, exigem a contagem integral do tempo de serviço dos professores
O partido de Catarina Martins decidiu chamar com “urgência” o ministro da Educação para prestar esclarecimentos aos deputados sobre o facto de ter assumido publicamente que que nenhum tempo de serviço prestado pelos professores durante o período de congelamento das carreiras será contabilizado para efeitos de progressão.
Na segunda-feira, no final de uma reunião com os sindicatos dos professores, Tiago Brandão Rodrigues afirmou “que o governo não considera ter quaisquer condições para avançar com negociações formais” sobre a questão do tempo de serviço e que, por isso, ficará “tudo como estava”.
O que, na prática, deita por terra a reivindicação dos nove anos de contabilização exigidos pelos sindicatos e os dois que o executivo se proponha reconhecer. O ministro ameaçou mesmo retirar de cima da mesa a proposta que já tinha feito, de reconhecer cerca de três anos.
A Fenprof ainda insiste que as questões do tempo de serviço sejam colocadas sobre a mesa e só no final das reuniões com o Ministério da Educação é que será equacionado se virá uma nova onda de greves.
Os sindicatos vão voltar a reunir, mas a Federação Nacional da Educação (FNE) já adiantou que vai propor aos restantes que seja convocada uma greve aos primeiros dias do próximo ano letivo.