Desde o PREC que Portugal não era disputado por dois blocos. Americanos e chineses preparam-se para uma guerra comercial em grande escala, e Portugal está no centro da tempestade, graças aos enormes investimentos chineses que hoje dominam a nossa economia.
A última década foi marcada por enormes investimentos chineses em Portugal, que em 2015 já representavam 3,3% da economia nacional e hoje se estimam em mais de 4%. Na verdade, o bolo detido pelos orientais poderá ser ainda muito maior – mas difícil de determinar com exactidão, face à escassa transparência de todo o processo. Recorde-se que quase metade do investimento estrangeiro no nosso País provém, por exemplo, da Holanda e do Luxemburgo, onde estão sediadas múltiplas empresas testa-de-ferro de grupos económicos chineses.
Várias das principais empresas de renome, como a EDP, a REN e o BCP, têm o Estado chinês (através de empresas estatais ou semi-estatais) como accionista, ou mesmo principal dono. Este dinheiro tem vindo a alimentar a recuperação económica de que António Costa se gaba, e segurou o País enquanto o primeiro-ministro deixou de tomar medidas para melhorar a economia.
Protectorado chinês
Não surpreende, portanto, que Costa esteja a trabalhar para continuar nas boas graças de Pequim. O embaixador chinês em Portugal, Cai Run, declarou em Novembro que “os contactos a alto nível estão muito frequentes e a confiança política entre os dois países tem sido reforçada”. E, sem deixar transparecer muito para o eleitorado, o Governo anda a preparar, em nosso nome, mais negócios da China para meter mais uns trocos ao bolso.
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