Adalberto Campos Fernandes, que tem sido alvo de muitas críticas devido às condições do Hospital São João, no Porto, inaugurou esta quarta-feira o novo centro de saúde de Barcarena (Oeiras).
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou esta quarta-feira que o alargamento e modernização da rede de cuidados primários é uma das grandes prioridades do Governo, de forma a diminuir o número de doentes que recorrem aos hospitais.
No dia em que se assinalam os 44 anos do 25 de Abril, o governante deslocou-se ao concelho de Oeiras para inaugurar o novo centro de Saúde da freguesia de Barcarena, uma infraestrutura que vai servir 13.900 habitantes e que custou 1,9 milhões de euros.
“Há bocado dizia-me o senhor presidente [Isaltino Morais] que ainda existem centros de saúde em prédios de habitação. Temos em Lisboa alguns que não têm elevador. É uma batalha que temos pela modernização da rede de cuidados de saúde primários e que neste domínio representa um investimento que nunca tinha sido feito em Portugal”, afirmou Adalberto Campos Fernandes.
Num momento em que existem em todo o país 110 centros de saúde em construção, Adalberto Campos Fernandes referiu que o objetivo é que “os portugueses passem a ter cuidados de saúde perto de casa”, sem terem de se deslocar ao hospital.
Apesar dos investimentos, o ministro da Saúde sublinhou que o País continua com dificuldades e que cada investimento tem de ser “bem medido. Não podemos vender ilusões. Os governantes têm de fazer as coisas com responsabilidade”, concluiu.
A gestão do Serviço Nacional da Saúde (SNS) pelo governo motivou muitas críticas este mês, depois de familiares de d0entes do Hospital São João, no Porto, terem denunciado a precariedade de tratamentos de quimioterapia no hospital, a que algumas crianças foram submetidas nos corredores da unidade hospitalar. Segundo Mário Centeno, a falta de condições da ala pediátrica do hospital era um problema “identificado há uma década”. No Parlamento, o Ministro da Saúde afirmou esperar que a construção da nova ala pediátrica do hospital fique concluída em dois anos.