Em boa hora os sogros de Francisco Gomes decidiram ir a Brno, na República Checa. Mataram-se as saudades e, também importante, revestiu-se o frigorífico contra a escassez piscatória.
“Tirando o salmão e alguns animais de rio, aqui não há tanto peixe para comer e isso é o que me tem custado mais. Nem sushi há muito e até peixe de lago já tive que provar… Há uns dias, os meus sogros fizeram-nos uma visita e trouxeram quatro quilos de bacalhau”, recorda o futebolista português, entre risos.
Mas, se o grande “problema” da República Checa é a falta de peixe, então quase não falta dizer mais nada sobre o que têm sido os últimos meses da vida de Francisco Gomes. E houve uma coisa que lhe encheu as medidas. “Enquanto em Portugal se discute se os cães podem entrar nos restaurantes, aqui isso é um não assunto. Aqui, entram nos restaurantes, andam em transportes públicos, vão aos supermercados. E nunca vi um que causasse problemas”, refere, em conversa com o JN.
O país onde o desemprego só afeta “2,8%” da população ainda se destaca pela beleza. “É muito organizado e lindíssimo, todas as cidades são bonitas. A nível arquitetónico, é fantástico e tem muita oferta cultural”, resume o jogador, de 29 anos, que também já passou pela Bulgária. Só falta a aragem marítima: “Hoje, apanhei o dia com a temperatura mais alta desde que aqui cheguei – 23 graus – e estivemos a aproveitar a tarde à beira-lago”. Não é bem à beira-mar, mas também serve.
Passe Curto
Nome Francisco Miguel Franco Antunes Gomes
Clube Zbrojovka Brno
Idade 29 anos (02/06/1988)
Posição Defesa
Pormenores:
Frieza explicada no aperto de mão
Há aquele casal amigo que já prometeu vir passar uns dias a Portugal, mas são a exceção. Os checos até são “boa gente”, só que não são muito dados a afetos. “São um bocado frios. Por exemplo, ao contrário de nós, quando a minha mulher cumprimenta a mulher de um colega de equipa, fá-lo com um aperto de mão”, resume.
Atenção ao álcool no país da cerveja
Quem for à República Checa, tem uma certeza: não passa sede. “Aqui existem 520 fábricas de produção de cerveja”, explica Francisco Gomes. Mas cuidado. “Há tolerância zero com álcool”, acrescenta. Talvez isso explique que, desde setembro, o jogador só tenha visto “um acidente”. E por causa de um semáforo.
