Centenas de passageiros ficaram este domingo retidos no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, por causa de cancelamentos de voos da TAP para destinos no Brasil, França e Madeira entre outros destinos.
Muitos deles queixavam-se de falta de informação por parte da transportadora, que não os avisou do cancelamento, bem como da pouca assistência. Foram-lhes entregues “vouchers”, ficando o alojamento e a alimentação a seu cargo. O problema também se registou no sábado e até houve quem estivesse sem transporte desde sexta-feira. Há duas semanas que se têm registado cancelamentos e atrasos em voos da TAP, o que já motivou um protesto formal do governo da Madeira.
Fonte da empresa, contactada pelo JN, atribuiu o cancelamento de uma “percentagem mínima” de voos, cujo número não precisou, a “problemas operacionais”, assegurando que “tudo está a fazer para minimizar o impacto” junto dos passageiros.
Recorde-se que no final de março o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil apelou aos pilotos da TAP para pedirem o gozo de folgas em atraso e não aceitarem voar em dias de folga e férias como “forma de pressão” uma vez que a empresa não aceitou a proposta de aumento salarial. Porém, a TAP não confirma se os cancelamentos têm a ver com esta recusa.
O Governo Regional da Madeira manifestou o seu degradado junto das companhias aéreas TAP e easyJet, as únicas que operam regularmente na região, devido ao “cancelamento sucessivo” de voos nos últimos dias, informou o vice-presidente do executivo, Pedro Calado. Entre os passageiros que ficaram sem voos, ontem, encontram-se mais de uma centena de finalistas do secundário que regressavam de uma viagem a Punta Umbria, em Espanha.