O relatório sobre os incêndios do verão passado, a degradação do sistema de saúde, que classificou como sendo a área mais frágil do Executivo socialista, e o negócio entre a Misericórdia de Lisboa e o Montepio constituem o tripé de ataque do PSD ao Governo definido esta terça-feira à noite por Rui Rio.
No primeiro Conselho Nacional sob a sua direção, que começou às 22 horas, no Porto, o líder eleito a 13 de janeiro pediu ao partido que faça oposição ao Governo, “apontando as fragilidades, mas com credibilidade”. Para ter credibilidade, explicou, “é preciso seriedade, coragem e competência”.
No dia em que se soube que o provedor da Misericórdia do Porto, António Tavares (futuro porta-voz do partido para a Solidariedade) investiu dez mil euros no Montepio, em contracorrente com a lógica de travão do negócio defendida pelo PSD, Rio explicou a diferença entre a Misericórdia de Lisboa e as restantes: uma é pública; as outras são privadas. Portanto, separou as águas.
Também desvalorizou a demissão do secretário-geral do partido pouco mais de um mês depois de ter sido eleito. Rio disse ter estranhado a proporção que o assunto ganhou e afirmou que nunca tentaria ganhar popularidade à custa das fragilidades de Feliciano Barreiras Duarte. A sala aplaudiu.
Também aplaudiu José Silvano, que será o novo secretário-geral. O antigo autarca de Mirandela apelou à união e disse o que Rio não dissera: “unidos podemos vencer as eleições.”
Os opositores de Rui Rio, com exceção de Hugo Soares e Abreu Amorim, não compareceram à reunião.
Esta quarta-feira à noite, Rui Nunes, candidato à distrital, apresenta o governo sombra deste novo PSD