Como vai ser o desconfinamento? Conselho de Ministros reúne-se hoje para aprovar plano para o país
O Conselho de Ministros reúne-se hoje para aprovar um plano do Governo de desconfinamento do país, o qual será gradual, diferenciado em termos de abertura de atividades e flexível em função de indicadores de risco.
Este plano deverá ser apresentado pelo primeiro-ministro, António Costa, em conferência de imprensa, no final da reunião do Governo, após a Assembleia da República votar a meio da tarde a proposta de decreto presidencial para a renovação do estado de emergência, com efeitos a partir de 17 de março.
Na quarta-feira, o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, no final de uma reunião da Concertação Social, admitiu que algumas áreas abram antes da Páscoa, embora adiantando que o seu executivo ainda não sabe quais, porque “quer decidir de forma segura e informada, com base nas auscultações que tem feito”.
Fonte do Governo adiantou à agência Lusa que é provável a reabertura de creches e de estabelecimentos do pré-escolar no início da próxima semana.
Num comunicado conjunto dos ministérios da Educação, do Trabalho e da Solidariedade e Segurança Social, visando preparar essa abertura, o Governo adiantou que irá realizar testagem para a covid-19 “em todos os estabelecimentos de ensino e de apoio à infância”, visando um regresso “mais seguro” às aulas presenciais.
Em contraponto, no entanto, espera-se que o Governo adote medidas restritivas na Páscoa, principalmente para evitar um aumento da circulação das pessoas, tendo como consequência uma rápida subida dos contágios.
Hoje também, o parlamento vai debater e votar a renovação do estado de emergência até 31 de março para permitir medidas de contenção da covid-19, que tem aprovação assegurada, com o apoio de PS, PSD, CDS-PP e PAN.
“Estando a situação a evoluir favoravelmente, fruto das medidas tomadas ao abrigo do estado de emergência, mas permanecendo sinais externos ainda complexos e impondo acautelar os passos a dar no futuro próximo, entende-se haver razões para o manter por mais 15 dias, nos mesmos termos da última renovação”, lê-se na introdução do diploma.
O projeto de decreto presidencial que renova o estado de emergência mantém que deve ser definido um “plano faseado de reabertura das escolas” e prevê agora que seja articulado com “testagem, rastreamento e vacinação”.
Por outro lado, na norma que restringe os direitos de emigrar ou de sair do território nacional e de regressar, e circulação internacional foi introduzida uma mudança para que incluir a “reunificação familiar” nas “regras diferenciadas” que o Governo pode estabelecer nesta matéria.
Este é o 13.º diploma do estado de emergência que Marcelo Rebelo de Sousa submete para autorização do parlamento no atual contexto de pandemia de covid-19.
O período de estado de emergência atualmente em vigor termina às 23:59 da próxima terça-feira, 16 de março. Esta renovação terá efeitos no período entre 17 e 31 de março.