Putin anuncia que a Rússia desenvolveu a “primeira” vacina contra o coronavírus — e a filha já a tomou
A Rússia desenvolveu a "primeira" vacina contra o coronavírus, que provoca uma "imunidade duradoura", disse esta terça-feira o presidente Vladimir Putin durante uma videoconferência com membros do governo exibida pela televisão.
A Rússia tornou-se hoje o primeiro país do mundo a registar uma vacina contra o novo coronavírus, anunciou o presidente russo, Vladimir Putin, acrescentando que uma das suas filhas já foi inoculada.
“Esta manhã foi registada, pela primeira vez no mundo, uma vacina contra o novo coronavírus”, disse Putin durante uma reunião com membros do governo russo.
Segundo o chefe de Estado, a vacina russa é “eficaz” e superou todas as provas necessárias assim como permite uma “imunidade estável” face ao covid-19.
Putin acrescentou que uma das suas duas filhas já recebeu uma dose da vacina e está a sentir-se bem.
As autoridades russas já haviam anunciado que os profissionais de saúde, professores e outros grupos de risco serão os primeiros a serem inoculados.
No entanto, muitos cientistas no país e no estrangeiro questionaram a decisão de registar a vacina antes de os cientistas completarem a chamada Fase 3 do estudo.
Essa fase por norma demora vários meses e envolve milhares de pessoas e é a única forma de se provar que a vacina experimental é segura e funciona.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
O novo coronavírus já infetou mais de 20 milhões de pessoas em todo o mundo, desde o início da pandemia, mais de metade das quais no continente americano, de acordo com o último balanço feito pela France-Presse (AFP).
Segundo o balanço feito pela AFP a partir de fontes oficiais de vários países, às 22:15 GMT de segunda-feira, no total, foram registados 20.002.577 casos, incluindo 733.842 mortes.
Quatro em cada 10 casos confirmados de covid-19 são nos Estados Unidos da América (EUA) e no Brasil, os dois países mais afetados pela pandemia em todo o mundo, com 5.075.678 casos (163.282 óbitos) e 3.057.470 infeções (101.752 mortes), respetivamente.