Covid-19: Um refugiado infetado foi apanhado nas compras pela PSP porque estava com fome
Um refugiados infetado com o novo coronavírus, que se encontra instalado em Loures, foi detetado no domingo às compras alegando que “estava com fome”, disse à Lusa fonte do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP. O homem deslocou-se às compras “com equipamento de proteção, máscara e luvas” e voltou a casa sem resistência.
Segundo o oficial de serviço do Cometlis, Bruno Pereira, um dos refugiados requerentes de asilo transferidos da Base Aérea da Ota, em Alenquer, que se encontra instalado na Casa das Marés, em Loures, no distrito de Lisboa, saiu indevidamente para fazer compras “porque estava com fome”.
“Um dos indivíduos, porque não tinha comida, deslocou-se a uma superfície comercial, devidamente protegido, pese embora efetivamente não o pudesse fazer”, explicou o oficial.
O mesmo homem já tinha saído sem autorização no sábado, acrescentou.
Após ter sido detetado pela PSP no interior da superfície comercial, elementos da força de segurança conduziram o indivíduo de regresso à Casa das Marés.
Segundo a mesma fonte do Cometlis, o homem deslocou-se às compras “com equipamento de proteção, máscara e luvas” e colaborou com a força de segurança, “aceitando regressar sem qualquer tipo de resistência”.
Ainda no domingo, junto à Casa das Marés, o Cometlis da PSP confirmou à Lusa uma concentração de “cerca de duas dezenas de populares” em protesto.
“Não foi necessária qualquer intervenção, apelas pela via da pedagogia, pois as pessoas perceberam que não fazia sentido não deixar a polícia fazer o seu trabalho”, realçou.
Em 20 de abril, foram colocados em quarentena na Base Aérea da Ota 171 cidadãos estrangeiros requerentes de asilo que estavam hospedados num ‘hostel’ em Lisboa, por a grande maioria ter testado positivo ao novo coronavírus (SARS-CoV-2).
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 313.500 mortos e infetou mais de 4,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,6 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.218 pessoas das 29.036 confirmadas como infetadas, e há 4.636 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.