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G20. As atenções estão viradas para Trump e Xi Jinping

As duas grandes potências vão retomar negociações comerciais este sábado no Japão.

A Cimeira do G20 começa esta sexta-feira em Osaka, no Japão, e as atenções estão viradas para o encontro de sábado entre os dois grandes líderes mundiais, Donald Trump e Xi Jinping. O Presidente dos Estados Unidos só conseguiu garantir o encontro com o Presidente chinês depois de prometer uma eventual trégua na guerra comercial.

O adiamento das tarifas nas importações chinesas – avaliadas em 300 mil milhões de dólares – foi o preço que Xi Jinping impôs ao líder da Casa Branca para se reunirem durante a cimeira. Embora Trump tivesse vindo a anunciar o encontro com o seu congénere chinês nas últimas semanas, a confirmação de Pequim só chegou esta quinta-feira. “A verdade é que o Presidente Trump pode ter mudado de ideias”, disse uma fonte ao South China Morning Post.

A imposição das tarifas às importações chinesas abrangiam praticamente todos os produtos que a China exporta para os Estados Unidos, o que seria um duro golpe na maior economia do mundo. Como Pequim não quis mostrar fraqueza, foi adiando sucessivamente a confirmação da retomada de negociações com Washington até ao último minuto.

“A linguagem chinesa parece apostada em tornar os EUA no elemento mais frágil” pretendendo dar a entender que são os americanos que se estão a aproximar de Pequim, disse Claire Reade, antiga representante da Casa Branca para as relações comerciais sino-americanas ao jornal chinês. De acordo com Reade, a “China quer evitar a perceção de que está ansiosa para chegar a um acordo”.

A guerra comercial começou em força no ano passado, quando os Estados Unidos impuseram tarifas a bens chineses no valor de 250 mil milhões de dólares.

Os impostos americanos aos produtos chineses foram até aos 25%  em bens industriais e de consumo. Pequim depois retaliou com taxas sobre bens norte americanos – em produtos químicos, carvão e equipamento médico -, acusando Washington de iniciar a maior disputa comercial da história.

Dentro desta guerra de posições, é difícil de se prever a probabilidade dos dois países chegarem a um acordo comercial para além da eventual trégua. Nos Estados Unidos, existem pressões contraditórias nesse sentido. Por um lado, alguns líderes empresariais apoiam a linha dura do Presidente norte-americano contra a China. Por outro, certas empresas temem o aumento dos preços sobre os seus produtos.Uma coisa é certa: esta cimeira promete.

Origem
Jornal i
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